domingo, 20 de novembro de 2011

Pão de ló recheado com doce de leite ou bolo bem casado



Pão de ló: um dos bolos mais antigos não somente como guloseima mas também indicado para dietas de convalescentes e das famílias enlutadas, pois era enviado como conforto para a família que estava de luto. Também era oferecido junto com um copo de vinho aos condenados à morte. Conhecido também com pão de Lot. Existem controvérsias sobre a origem desse nome.

Talvez esse bolo leve o nome de bem-casado devido à sua massa de pão-de-ló recheada com doce de leite. É para quem gosta de bolos bem doces e foi feito para resgatar uma lembrança de minha filha - um certo bolo que comíamos em vários aniversários durante sua infância - na cidade em que morávamos. A boleira era sempre a mesma e o bolo muito bom. 
Hoje o paladar da guria mudou e já não é tão fã de bolos tão adocicados. Mas este foi feitoe se não é igual ao das lembranças, pelo menos é muito semelhante. E além de tudo é muito bom!

Ingredientes

Massa
6 ovos (gemas e claras separadas)
6 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de amido de milho (Maizena)
1 colher (sopa) de fermento em pó químico (Royal)
Calda
1 e 1/2 colher (sopa) de açúcar (cristal de preferência)
1 xícara (chá) de água
casca (lavada e seca) de uma maçã
2 cravos e 1 pauzinho de canela (opcional)
Recheio
1/2 lata de leite condensado
1 caixinha de creme de leite longa vida (200 ml)
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
1 colher (sopa) de farinha de trigo peneirada
1 lata de leite condensado cozido na pressão por 20 minutos (só abra depois de bem frio!)
Cobertura
300 g de creme de leite fresco
2 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro

Como faço

Massa
 Bato as claras em neve,junto as gemas e o açúcar e deixo bater bem. Em outra vasilha peneiro a farinha de trigo, a maizena e o fermento, e os misturo delicadamente (essa é a segunda coisa que faço, depois de untar e esfarinhar a forma). Diminuo a velocidade da batedeira (deixo no mínimo) e acrescento os ingredintes secos,bato só o suficiente para incorporar os ingredientes, rapidamente.Termino de misturar manualmente, de forma bem delicada. Levo para assar em forma redonda (24 cm de diâmetro), de preferência com aro removível, pois essa massa é muito delicada. O bolo vai crescer e estará pronto quando espetar um palito longo e este sair seco. O bolo abaixa um pouco depois de frio, mas é assim mesmo, ficará uma massa muito macia e de sabor suave.
Calda para molhar o bolo
Levo todos os ingredientes ao fogo até levantar fervura. Reduzo o fogo ao mínimo por mais 5 minutos. Retiro do fogo, espero esfriar e passo por uma peneira fina. Reservo.
 Recheio
Coloco em uma panela o leite condensado, o creme de leite, a manteiga e a farinha de trigo. Levo ao fogo baixo até engrossar. Retiro do fogo. Deixo amornar, nesse momento pode-se colocar a baunilha (eu uso fava, mas pode ser 1/2 colher (café) de essência). Adiciono então o doce de leite - leite condensado cozido e FRIO - misturo bem até ficar homogêneo.
Chantilly
Deixo o creme de leite e os utensílios que serão utilizados (pás da batedeira e tigela) por 1 hora no freezer. Retiro e adiciono o creme de leite no recipiente bem como o açúcar. Bato em velocidade máxima, tomando muito cuidado para não passar do ponto e virar manteiga (já aconteceu...por isso tenho sempre mais 300 g de creme de leite reservado para usar se tal tragédia cair sobre minha cabeça  novamente). Atingido o ponto e hora de voltar o recipiente para a geladeira (não mais no freezer) até o momento de utilizá-lo.
No chantilly pode ser colocada baunilha. Mas das duas, uma: ou se coloca a baunilha no recheio ou no chantilly para que não fique um resultado enjoativo. É apenas uma questão de escolha.
Montagem
Corto o bolo em duas camada. Umedeço a camada base (parte de baixo) com cuidado para que não fique encharcada. Aplico o recheio com generosidade. Coloco a segunda metade do molho, faço furinhos minúsculos e aplico a calda, tendo o mesmo cuidado para que não fique excessivamente úmido.
É hora de aplicar o chatilly e fazer os enfeitinhos, frescurinhas e etc...no que sou um desastre.
Mas como diz o ditado: quem vê cara não vê coração! E o resultado é um bolo delicioso, com gosto de antigamente.

Café do Paço

Quando estive em Curitiba para um treinamento técnico conheci o Café do Paço (como o treinamento era o dia inteiro, tive pouco tempo para conhecer os lugares que estão na minha listinha, mas com certeza não faltarão oportunidades) que fica pertinho do hotel em que nos hospedaram. Fui com uma colega de trabalho, tão logo acabou nosso treinamento. Ela é viciada em café expresso mas nunca, jamais...sem chantilly.
Então foram cafés e mais cafés sempre que saia com ela. O Café do Paço eu já queria conhecer e voltando do Shopping Muller demos de cara com ele.
Para começar está estabelecido em uma construção tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Sua aparência já nos chama de cara: vem...vem...e fomos!
Imagem: http://jornale.com.br/outrossabores/?p=4809
O interior não decepciona é bonito com sua aparência antiga, pé direito alto, soalho e mobiliário de madeira reluzente. Ao mesmo tempo aconchegante e espaçoso.Os funcionários foram treinados pelo SENAC (que mantem o local) o que talvez explique o serviço rápido, atencioso e simpático.
Imagem: http://www.apontador.com.br/
Pedi um macchiato sem chantilly (diferente de minha amiga que tomou dois com muito, mas muito chantilly) ...foi quando percebi que não existe perfeição nesse mundo: dos salgados oferecidos no cardápio, não tinha nem o meu primeiro pedido (panini de gorgonzola com nozes), nem o segundo e nem a úiltima opção! Ou seja: três itens constantes no cardápio simplesmente já tinha acabado e não sido repostos ou simplesmente sumiram...escafederam-se!
O café estava bom e veio acompanhado de um mimo coroado com uma cereja além de uma água gaseificada. 

O café e o mimo vieram desse jeitinho aí ...
Imagem: http://www.matraqueando.com.br/
 Mas valeu o passeio, a lindeza do lugar, a eficiência do atendimento, o sabor do café (estava bom!), a companhia e os ares de Curitiba. Volto novamente só para ver se encontro os petiscos fujões!

Café do Paço
Praça Generoso Marquês, 189
Centro- Curitiba

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Farofa de provolone com frango ao mel em cama de legumes


Resolvi fazer um frango rapidinho com dois acompanhamentos também rapidinhos. Queria tudo expresso! Para já e para ontem! Seguindo o espírito da refeição vamos à receita sem mais lero-lero!

Ingredientes
Frango
1 filés (grande) de peito e 4 sobrecoxas de frango
1 colher (sopa) mel
1/2 xícara (chá) de shoyu
1/4 xícara (chá) de suco de limão siciliano
pimenta -do-reino moída na hora
1/2 xícara (chá) de azeite
1/4 xícara (chá) suco de laranja
sal a gosto
Farofa
1 xícara (chá) de bacon cortado em cubos
1 xícara (chá) de queijo provolone (ou tipo!) cortado em cubos
1/2 xícara (chá) de cebola roxa cortada em meia-lua
2 colheres (sopa) de manteiga
1/2 xícara (chá) de cheiro-verde micropicadinho
aproximadamente 1 xícara (chá) de farinha de milho flocada
sal a gosto(se necessário)
Legumes
1 abobrinha média ralada grossa
1 cenoura (pequena) ralada grossa
2 dentes de alho picadinhos
2 colheres (sopa) de azeite
sal a gosto

Como fiz
Frango: limpei, retirei as peles e gorduras, deixei em imersão de água com vinagre por alguns minutos, depois escorri e passei sob água corrente. Sequei os pedaços de frango com papel toalha. Reservei.
Em um recipíente separado misturei todos os outros ingredientes. Mergulhei o frango nessa mistura e deixei marinando por algumas horas (fica melhor quando deixado de véspera). Forrei uma forma com papel alumínio e coloquei o frango junto com a marinada. Coloquei outra folha de papel alumínio sobre o frango, tendo o cuidado de fechar bem, para que os líquido não escapasse. Levei ao forno (220ºC) por aproximadamente 40 minutos (depende do forno). Depois retirei o papel alumínio e deixei o frango mais alguns minutos no forno para dourar.
Farofa de provolene: após dourar o bacon juntei a manteiga e a cebola, até que esta ficasse dourada e murcha. Juntei então a farinha de milho de forma que esta ficasse úmida (é essencial que a farinha seja colocada aos poucos ...sempre mexendo), só então adicionei o provolone e a salsinha. Mexi até que o provolone ficasse derretido. Não foi necessário colocar sal, pois o bacon, a manteiga e o provolone já são salgados.
Caminha de legumes: Dourei o alho no azeite e incorporei a abobrinha e a cenoura raladas, rapidamente, sem colocar água, deixei alguns minutos no fogo. Devem ficar crocantes
Montagem: coloquei os legumes salteados em uma travessa e sobre eles o frango. A farofa foi colocada em outro recipiente.
O que se vê na foto é um prato já em seus momentos finais...pronto para ser atacado, com o devido respeito, é claro!


Combinação perfeita!


O comer brasileiro pelos tempos 8


Imagem: escrivinhos. com
Então chegamos aos anos 80,considerados os mais bregas (em termos de cabelo, vestuário e otras cositas más) da história da humanidade. Foram os anos roqueiros aqui no Brasil, com várias bandas aparecendo e enlouquecendo. Tinha também a ala adolescente que curtia os Menudos. Ao contrário da década de 60 e 70, quando vemos os clips e filmes dessa década achamos tudo feio: as roupas com ombreiras exageradas, os cabelos indescritíveis...dizem que as ombreiras na roupa feminina significavam o poder da mulher que ganhava espaço profissional e começava a exercer profissões antes delegadas apenas aos homens. Mas...nada justifica aquela coisa meio Cindy Lauper de se vestir. Bem..também temos coisas horrorosas atualmente, que com certeza vão fazer as usuárias corarem de vergonha (melhor cair na risada!) quando forem lembrar do agora...mas são coisas isoladas, não generalizadas...Os anos 80 foram de uma breguice generalizada...kekeéraquilo?
Mas o negócio é comida e não moda,vamos lá?

Chega ao patropi a nouvelle cuisine, saem de moda os molhos pesados...a comida fica mais bonita, mais saudável e ..com porções infinitamente menores. Nouvelle cuisine? Então, já se pensava, pouca comida. Chega também a comida mediterrânea que privilegia o uso do azeite, queijos frescos, azeitonas, beringelas..hum...delícia. É a comida que "pega" pelo aroma e pelo sabor.
Temos também o boom do vinho branco alemão da garrafa azul. O produto não era bom (era ruim merrrmo!) e prejudicou a imagem de bons vinhos alemães envazados tradicionalmente em garrafas azuis. Mas foi com ele que o brasileiro começou a se interessar mais por essa bebida.
Tinham também os docinhos da época: bala Soft, chocolate da Mônica, chiclete Mini Adams, sorvete Cornetto (dá me um Cornetto...é pio cremoso), caramelos Nestlé, pirulito Bolette, Hall's, Dadinhos da Diziolli, Mentex,Bubbaloo, Toblerone, Mirabel e mais uma infinidade de gostosuras (pareciam mais gostosas naquela época) industrializadas.
Começou também o "enobrecimento" da carne brasileira : a churrascaria Bassi representa esse momento.
Lembro da primeira vez que experimentei o sorvete Tartuffo (outra "cria" da década), foi em uma churrascaria...coisa rara naquela época era ir à churrascarias, deve ter sido comemoração de alguma coisa. Mas lembro que adorei o tal Tartuffo que depois esqueci.

http://mdemulher.abril.com.br/culinaria

http://www.webtraj.com/

Começa também a difusão do café expresso, e essa foi uma das coisas mais legais da gastronomia dos anos 80. O negócio se sofisticou de tal forma que hoje, quando entramos em uma cafeteria, queimamos as pestanas para escolher nosso pedido...tantas são as opções.

http://www.conexaoparis.com.br
Como já mencionei, toda década tem seu filé...a de 80 teve o seu elegantemente denominado de Tournedos Rossini, composto por filé mignon alto, coberto com foie gras e assentado sobre uma torrada. Apesar do nome  sua origem é - para variar - francesa, sendo um prato criado em homenagem ao compositor Rossini. Sobrevive até hoje, junto aos seus irmãos e primos, os outros filés que se tornaram clássicos da cozinha internacional.

Imagem: panelinha.ig.com.br
E, para nossa felicidade, chegam os risottos. Essa delícia, que pode ter variedades mil e que conquistou o brasileiros. Cremoso, aromático, começou tradicional (de açafrão) e ganhou suas adaptações no patropi, hoje aparece com carne-seca, com mandioquinha, com couve, com abóbora mas sempre delicioso quando feito no capricho. É um prato de execução não muito fácil, pois exige sabedoria para que seu ponto exato seja atingido.
Enfim essa foi a década de 80, com ela começa a mudança do simples "engolidor" de comida para o atual "apreciador" e "conhecedor" da gastronomia. O caminho para novos sabores, novos produtos, novos equipamentos de cozinha foi aberto e a culinária brasileira avançou, incorporando produtos tradicionais brasileiros à essa evolução. Infelizmente abriu caminho também para a "falsa" comida "sofisticada", para a imitação mal feita, para os pedantes que se "classificam" como conhecedores exigentes dos mais sutis e raros sabores...sim ele...a praga da gastronomia moderna brasileira: o gastrochato!


domingo, 13 de novembro de 2011

Torta de maçã

Torta de maçã nunca fez parte da história culinária da casa de meus pais (e por tantos anos minha...). Lembro que minha mãe fazia sobremesas com vinho, toda comemoração pedia doce e nossos doces pediam vinho. Sagu, pavê com bolacha passada em uma mistura de vinho com água e açúcar, manjar branco com calda de vinho, bolos de aniversários molhados com vinho....minha avó materna vinha de uma família italiana...deve ter sido isso...até nossa salada de frutas tinha vinho branco junto com o suco de laranja!

A cor do recheio é qualquer coisa. O aroma e o sabor então...
A torta de maçã eu só via nos gibis da Disney, sempre estufada, dourada, fumegante e colocada no peitoril da janela da casa da vovó Donalda para esfriar. O que nem sempre acontecia, pois me parece que havia um ladrão de tortas de maçã por lá.
Enfim, já na adolescência, descobri uma receita de torta de maçã, que até hoje ronda aqui em casa e na internet também. Tem creme, maçãs e uma cobertura feita com laranja por cima. Rárárá...essa torta frequentava os chás de Tupperware quando aconteciam lá em casa.
O tempo passou, e entre meus diversos interesses a culinária tomou conta de um cantinho. E quem gosta de cozinhar sabe...a gente está sempre procurando novas receitas.
E lá fui eu em busca da torta da vovó, afinal já fui netinha também! Não é uma sobremesa corriqueira aqui no cafofo mas também não é rara.
Quentinha, com seu aroma tomando conta da casa e acompanhada ou não de sorvete de creme, é sempre bem vinda...
Vamos à ela?

Essa receita eu tirei daqui: http://cinarasplace.blogspot.com/ (um blog deveras delicioso!)...segui a receita à risca, pois em determinados casos não me arrisco...esse é um deles.

Ingredientes
Massa
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de açúcar
1/2 xícara(chá) de gordura vegetal, em pedaços
3 colheres (sopa) de margarina ou manteiga, gelada e picada (usei manteiga sem sal)
6 colheres (sopa) de água gelada
Recheio
5 maçãs médias, sem casca e cortadas em fatias finas
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
suco de 2 limões pequenos
 1 pitada de noz-moscada ralada
1 xícara (chá) de açúcar misturado com canela
 
Como fiz

Primeiro fiz a massa: no processador, usando a lâmina, misturei os ingredientes, exceto a água gelada. Fui ligando e desligando o bichinho (conforme manda a receita original) até a massa ficar em pequenos pedaços. Só então adicionei a água, sempre aos poucos, processando até que a massa ficasse homogênea, lisa e se soltasse dos lados da tigela. Acredito que esse processo todo possa ser feito manualmente, mas tenho feito assim e tem dado certo. Retirei a massa e dividi em duas partes iguais. Não trabalhei com ela imediatamente. Envolvi em filme plástico e deixei na geladeira por 30 minutos.

Fiz então o recheio: fatiei as maçãs e coloquei-as no suco de limão. Em um recipiente separado misturei a farinha de trigo, a noz-moscada e o açúcar misturado com a canela. Envolvi bem as fatias de maçã com essa mistura. Cuidado com a noz-moscada, é só uma pitada mesmo, pois seu sabor é forte.

Montagem: depois do tempo de geladeira abri primeira metade da massa em uma superfície polvilhada com o rolo de macarrão até formar um círculo, forrei o fundo e os lados de uma fôrma de torta de 22 cm de diâmetro.
Coloquei o recheio tentando fazer uma "elevação" de maçãs no centro da forma (não ficou grande coisa), espalhei pedacinhos de manteiga (poucos) sobre o recheio e cobri com a outra metade da massa também aberta em círculo. Fiz pequenos furos na superfície, para a saída do vapor. Pincelei com gema (peneirada!!) misturada com um pouco de leite e polvilhei com açúcar demerara. Assei em forno pré-aquecido (180-220ºC), deixei assar por aproximadamente 40 minutos,até que estivesse douradinha e o recheio borbulhando.
Pena que Vovó Donalda estava atarefada e não pode participar da comilança!
Nem vem...minhas tortas são incomparáveis!

Madero

O  hamburguer Júnior....na medida certa para os menos gulosos...
Então eu fui com a querida "amiguinha" Bia (centenas de anos mais jovem que eu e amiga do meu filho) conhecer o hamburguer do Madero em Curitiba. Segundo a propaganda do próprio Madero seu produto é "the best burguer in the world"...deixando o exagero de lado...o hamburguer de fato é bom. Indo para Curitiba novamente e tendo que fazer um lanche rápido, o Mc e o King, que sempre me viram pouco, vão me ver menos ainda. Ou seja: Madero na veia!
O Madero que conheci foi o do Shopping Estação, não fica na praça de alimentação, e sim no andar superior. Tem uma estrutura de restaurante, ambiente agradável, dá para conversar pois o burburinho da praça fica um pouco afastado. Não existe fila  e nem senha (horror!). Você senta e já é atendido. Serviço rápído, discreto e gentil, sem ser invasivo.
Por sugestão de minha amiguinha pedi o hamburguer chamado "Júnior", que parece uma introdução recente no cardápio, tendo gerado polêmicas por ter sido (pelo que entendi) o "encolhimento" de uma hamburguer já existente, para redução do preço. Houve até um murmúrio de que nesse processo o queijo tinha perdido o lugar para um fatia maior de tomate. Bem...no meu Júnior tinha queijo, tinha um hamburguer em que se identificava a carne (picanha) e o sabor de grelhado. Tinha um pão saboroso, crocante por fora, mas macio por dentro. Tinha também um molho bem feito e que não se espalhava a cada dentada, ficando na maior parte da comilança, retido dentro do pão.Sim, o alface estava fresco e o tomate também. Acompanhado de batatas fritas, crocantes, mas nada de espetacular.
Gostei muito do hamburguer, o tamanho "Júnior" foi mais que suficiente, não imagino outro tamanho melhor para uma pessoa de bom apetite, mas ainda dentro dos "limites" normais.
Seria o melhor "burguer in the world"? Esse tipo de afirmação não encontra eco nessa pessoa que escreve. Não existe, para mim, nada que seja o topo no mundo, seja em beleza, sabedoria, sabor,paisagem, arte e etc. Existem os melhores, os médios e os piores. Existe os que têm a excelência. E que bom que existam tantas "excelências" no mundo!
Mas essa excelência nem sempre é vista, reconhecida ou mesmo comercializada. Vai que tem uma dona lá no seu cafofinho que faz um hamburguer no capricho, com ingredientes frescos, com tempero supremo e no ponto exato? Deixaria de ser um dos melhores do mundo, só porque seu público é restrito à esfomeada família?
Em todo o caso, o hamburguer do Madero é um dos mais gostosos que já provei, mas adianto, não provei muitos ....pois não sou muito chegada ....quer dizer, fiquei um pouco mais chegada nesse ícone da culinária americana depois de provar o tal ..."Júnior".
Existem outras opções além de sanduíche no local, uma amiga provou o palmito assado na brasa com manteiga e flor de sal do local. Ficou encantada.

A parte externa...

A parte interna...detalhe: não existe som nas "alturas", dá para bater um papo numa boa...
Meu filho logo terá a oportunidade de conhecer o "the best burguer in the world" que estará em Maringá em 2012.

Madero: Burguer & Grill
Shopping Estação
Curitiba - Paraná
Chef: Junior Durski

Mandioquinha palha,cubos de frango com iogurte e comidinha de casa


Parece gostoso...e é!!
É um pratão assim que eu que eu chamo de "típico prato de casa"...comidinha de casa, um prato farto, sem muita arrumação, estética, simplesmente se servir e comer....Esse prato foi do filhote que chegou de viagem esfomeado. Serviu-se com gosto e ....repetiu!!
Plagiando o Fernando Pessoa: qualquer quantidade não é pequena, quando o corpo ainda é jovem e consome todas as calorias...
O "pratão" é constituído de filés de peito de frango em cubos com iogurte e mandioquinha palha. Acompanhando tudo isso um arroz de todo dia, acrescido de cenoura ralada.  
Estava bom? Ô se tava!

Ingredientes
Frango
3 xícaras de filés de peito de frango cortados em cubos
1 xícara (chá) de cebola micropicadinha
1 colher (sopa) de azeite
1 colher (sopa) de manteiga
suco de 1 limão
pimenta do reino a gosto e opcional
sal a gosto
1 pote de iogurte natural e de consistência firme
1 xícara (chá) de tomates sem pele, sem sementes e processados
salsinha e cebolinha a gosto
1/2 colher (café) de páprica picante
1 xícara (chá) cogumelos paris (frescos ou...não) inteiros

Mandioquinha palha
3 mandioquinhas média raladas (ralador grosso) e secas
sal a gosto
óleo suficiente para fritar.

Como fiz
Frango
Primeiro limpei os filés e deixei-os em água com o suco de limão. Enquanto isso piquei a cebola, a salsinha,a cebolinha e processei os tomates. Escorri os filés e cortei-os em cubos grandes. Depois dourei os ditos cujos na manteiga e no azeite. Juntei então a cebola, dourando-a levemente e só então os tomates. Coloquei um pouco de sal e os cogumelos, deixei em fogo baixo, até que se formasse um molho espesso. Corrigi o sal e adicionei a páprica. Hora de colocar o iogurte...o que deve ser feito aos poucos....fazendo a incorporação à cada vez, para não passar do ponto desejado. Nem sempre é necessário um copo inteiro, pois uns são mais firmes e outros menos. Desse vez não usei o copo inteiro (aproveitei o que sobrou para fazer um molho de salada no "ustrudia").
Atingido o ponto desejado, desliguei o fogo e juntei o cheiro-verde.

Mandioquinha palha
Aqui nada além do básico. Fiz igualzinho à batata palha normal. Tive o cuidado de secar a mandioquinha ralada o máximo possível, com papel toalha, antes da fritura e nada mais. Fritei em óleo bem quente e em quantidade suficiente para cobri-las, até adquirirem a coloração que está aí na foto. Tem a cor e o sabor mais forte do que a batata palha tradicional, o que combina muito bem com esse frango que possui um sabor mais leve.

Mignon com crosta de pão e outras coisinhas mais

Já citei aqui um filé que fiz com crosta de pão e ervas, é muito gostoso e simples de fazer. Acompanhando uma boa massa ou um risotto ou mesmo apenas uma boa salada...causa efeito. Importante é que o ponto da carne seja preservado: dourada por fora e rosada por dentro. Mas isso é de gosto, tem quem goste mal passada outros bem passadinha. Eu prefiro o meio termo, quando a carne ainda está rosada.

Ingredientes

4 bifes de mignon com espessura média
2 xícaras (chá) de pão amanhecido (francês) sem casca, ralado (ralo grosso)
1/2 xícara (chá) de azeite
1/2 xícara (chá) de cebola roxa cortada em tiras
2 colheres (sopa) de pimentão amarelo cortado em tiras
2 colheres (sopa) de pimentão vermelho cortado em tiras
1 colher (sopa) de salsinha picada
1 colher (sopa) de manjericão picado
sal a gosto.

Como fiz
Aqueci o azeite e dourei a cebola, juntei os pimentões e esperei que dessem uma leve murchada. Juntei o pão e o incorporei,mexendo sempre, até que absorvesse o azeite, juntei o sal e por último as ervas picadas.  Reservei.
Em outra frigideira fritei os filés, deixando-os dourados por fora, mas ainda rosados por dentro. Coloquei em um refratário e sobre eles a cobertura, reguei com um pouco mais de azeite e servi. Simples assim!
Só tive o cuidado de aquecer a cobertura antes de colocá-la sobre os filés.
Ah..ah....existe também o "opcional" que faço de vez em quando: sobre a crosta, coloco queijo parmesão ralado grosso e levo ao forno pelo tempo suficiente para que ele derreta. Quando faço isso retiro a carne da frigideira antes do ponto desejado.
Bonitinho que só e gostosinho também!!!