Eis aí um exemplo de que "menos é mais...", quando os ingredientes são bons e harmonizam-se o resultado só pode ser primoroso. Nhoque ao sugo é tudo de bom, mas esse nhoquezinho é prova de que variar e experimentar é essencial. Que seja ruim ou bom, sempre se aprende algo. Nesse caso foi muito bom, mesmo!!!
Ingredientes
Para o nhoque
2 xícaras (chá) de batata inglesa (usei a Asterix) espremida cozida em água e sal
1 xícara (chá) de mandioquinha (batata salsa) espremida cozida em água e sal
noz moscada
1 colher (sopa) de manteiga
1 ovo pequeno
aproximadamente 3 colheres (sopa) de farinha de trigo (usei 2)
Para a manteiga de sálvia
1 xícara (chá) de manteiga com sal (usei a Aviação)
8 folhas de sálvia fresca
sal (se necessário)
Como fiz
Nhoque
Cozinhei as batatas e a mandioquinha em água e sal. Pouca água, tá bom? Tem quem asse as batatas, tem quem cozinhe com a casca e tem quem cozinhe no vapor. Cada um tem sua técnica. Cozinho em pouca água, descascada para que o sal penetre e também porque usando a batata Asterix e a batata salsa não corro muito risco de errar o ponto. Também deixo cozida, pero no mucho. E seco bem - primeiro passando por um escorredor e depois secando com papel toalha. Depois dessa fase passei (batata e mandioquinha) pelo espremedor de batatas e esperei amornar um pouco, coloquei a manteiga, a noz moscada (essencial em um nhoque que se preze) e o ovo ligeiramente batido (nesse prato passo a gema pela peneira para que o cheiro/sabor do ovo não roube o brilho dos outros ingredientes). Misturo bem e deixo descansar. Depois dessa massa ficar bem fria,adicionei a farinha. Saber dosar a quantidade de farinha é o pulo do gato de um bom nhoque. Tem que dar consistência para que a massa não fique mole demais, desmanchando-se no cozimento e virando uma gororoba na hora de servir. Não pode ser em excesso, para que o nhoque não fique duro e com gosto de farinha. Adicione aos poucos, incorpore bem e faça apenas um nhoque coloque na panela com água fervente. Desmanchou a borda? Um teco mais de farinha. Faça assim até que ele suba glorioso e inteiro à superfície da água. Prove. Está macio mas inteiraço? Esse é o ponto.
O resto foi o final de toda estória de um nhoque: formei os rolinhos, cortei-os e coloquei-os em superfície esfarinhada (pouca farinha, só para o nhoque não grudar). Untei com azeite (bem pouco) um refratário e fui depositando os nhoques (depois de cozidos em bastante água fervente...não esquecer que quando sobem à superfície devem ser retiraados imediatamente e colocados em um escorredor e dele também deve ser retirado rapidamente e colocado no refratário). Cobri com a manteiga de sálvia. Servi imediatamente. Eita prato que gosta de uma velocidade, né?
Manteiga de Sálvia
Muito simples,tá? Só tem que cuidar para a manteiga não queimar. Coloquei a manteiga (e nesse caso a qualidade da manteiga é tudo...usei a Aviação) junto com as folhas de sálvia e deixei dourar, em fogo baixo. Nesse processo as folhas de sálvia dão uma leve fritadinha e liberam seu sabor. Provei. Achei necessário mais um pouquinho de sal. Depois que a manteiga derreteu e ficou bem douradinha, despejei-a sobre o nhoque. As folhas de sálvia foram junto pois são uma diliciaaaa.....
Nhoque macio, manteiga excelente e uma das ervas aromáticas mais deliciosas.... |