terça-feira, 27 de agosto de 2013

Nhoque misto na manteiga de sálvia

Eis aí um exemplo de que "menos é mais...", quando os ingredientes são bons e harmonizam-se o resultado só pode ser primoroso. Nhoque ao sugo é tudo de bom, mas esse nhoquezinho é prova de que variar e experimentar é essencial. Que seja ruim ou bom, sempre se aprende algo. Nesse caso foi muito bom, mesmo!!!

Ingredientes
Para o nhoque
2 xícaras (chá) de batata inglesa (usei a Asterix) espremida cozida em água e sal 
1 xícara (chá) de mandioquinha (batata salsa) espremida cozida em água e sal 
noz moscada
1 colher (sopa) de manteiga
1 ovo pequeno
aproximadamente 3 colheres (sopa) de farinha de trigo (usei 2)

Para a manteiga de sálvia
1 xícara (chá) de manteiga com sal (usei a Aviação)
8 folhas de sálvia fresca
sal (se necessário)

Como fiz
Nhoque
Cozinhei as batatas e a mandioquinha em água e sal. Pouca água, tá bom? Tem quem asse as batatas, tem quem cozinhe com a casca e tem quem cozinhe no vapor. Cada um tem sua técnica. Cozinho em pouca água, descascada para que o sal penetre e também porque usando a batata Asterix e a batata salsa não corro muito risco de errar o ponto. Também deixo cozida, pero no mucho. E seco bem - primeiro passando por um escorredor e depois secando com papel toalha. Depois dessa fase passei (batata e mandioquinha) pelo espremedor de batatas e esperei amornar um pouco, coloquei a manteiga, a noz moscada (essencial em um nhoque que se preze) e o ovo ligeiramente batido (nesse prato passo a gema pela peneira para que o cheiro/sabor do ovo não roube o brilho dos outros ingredientes). Misturo bem e deixo descansar. Depois dessa massa ficar bem fria,adicionei a farinha. Saber dosar a quantidade de farinha é o pulo do gato de um bom nhoque. Tem que dar consistência para que a massa não fique mole demais, desmanchando-se no cozimento e virando uma gororoba na hora de servir. Não pode ser em excesso, para que o nhoque não fique duro e com gosto de farinha. Adicione aos poucos, incorpore bem e faça apenas um nhoque coloque na panela com água fervente. Desmanchou a borda? Um teco mais de farinha. Faça assim até que ele suba glorioso e inteiro à superfície da água. Prove. Está macio mas inteiraço? Esse é o ponto. 
O resto foi o final de toda estória de um nhoque: formei os rolinhos, cortei-os e coloquei-os em superfície esfarinhada (pouca farinha, só para o nhoque não grudar). Untei com azeite (bem pouco) um refratário e fui depositando os nhoques (depois de cozidos em bastante água fervente...não esquecer que quando sobem à superfície devem ser retiraados imediatamente e colocados em um escorredor e dele também deve ser retirado rapidamente e colocado no refratário). Cobri com a manteiga de sálvia. Servi imediatamente. Eita prato que gosta de uma velocidade, né?
                                                                  Manteiga de Sálvia
Muito simples,tá? Só tem que cuidar para a manteiga não queimar. Coloquei a manteiga (e nesse caso a qualidade da manteiga é tudo...usei a Aviação) junto com as folhas de sálvia e deixei dourar, em fogo baixo. Nesse processo as folhas de sálvia dão uma leve fritadinha e liberam seu sabor. Provei. Achei necessário mais um pouquinho de sal. Depois que a manteiga derreteu e ficou bem douradinha, despejei-a sobre o nhoque. As folhas de sálvia foram junto pois são uma diliciaaaa.....
Nhoque macio, manteiga excelente e uma das ervas aromáticas mais deliciosas....


domingo, 25 de agosto de 2013

Polpetta recheada com palmito e espinafre

Depois de uma ausência e pouca atividade na cozinha...falta de tempo e vontade...vamos retomando (devagar, devagarinho) os trabalhos. E que tal, um imitação de polpetta recheada com espinafre e palmito? Eu acho bom...aliás, eu acho mais que bom, eu penso que é delicioso!
Espinafres frescos são uma tentação...

Ingredientes
Polpetta

300 g de carne moída de primeira
1/2 cebola (grande) picadinha
1 fatia de pão de forma sem casca
1/4 xícara (chá) de leite
1 ovo ligeiramente batido
sal a gosto
pimenta do reino a gosto
noz moscada
1 colher (sopa) farinha de trigo -se necessário
1 colher (sopa) de azeite
salsinha, cebolinha e manjericão picadinhos a gosto

Recheio

1 xícara (chá) de palmito em cubos pequenos
2 xícara (chá) de folhas de espinafre picadas grosseiramente (ou apenas rasgadas)
1 colher (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de cebola picadinha
sal e pimenta à gosto
2 colheres (sopa) de cream cheese

Milanesa
2 ovos ligeiramente batidos
farinha de rosca
farinha Panko (opcional)

Finalização
Óleo quanto baste para a fritura

Close no recheio....

Como fiz
Polpetta

Primeiro umedeci o pão no leite, espremi bem para retirar todo o excesso e esfarelei o bichinho. Coloquei esse preparo na carne e juntei o sal, a pimenta (moída na hora, é outra coisa,tá?) e a noz moscada (moderadamente porque é uma senhora muito exibida). Dourei a cebola picada no azeite (levemente), esperei amornar e juntei à mistura de carne colocando também os temperos verdes e o ovo que já estava ligeiramente batido. Misturei cuidadosamente para que os ingredientes se agregassem bem. Deixei descansar alguns minutos para que os sabores se intensificassem e também para que a consistência ficasse mais firme ao ser resfriada. Enquanto isso preparei o recheio. Após o preparo do recheio, verifiquei se a massa de carne necessitava de um pouco de farinha para ficar mais consistente. Simmm!!! Coloquei aproximadamente 1/2 colher de sopa. É importante lembrar que a fritura por imersão tende a "encolher" a polpetta o que resulta em uma textura mais firme...portanto, farinha sem exagero, pois já temos esse ingrediente no pão que entrou na receita...farinha em excesso vai prejudicar o sabor do quitute.

Recheio

Dourei a cebola na manteiga e acrescentei o palmito,coloquei aproximadamente 1/2 xícara (chá) de água,sal e deixei cozinhar até quase secar. Juntei o espinafre e esperei que o mesmo murchasse,quando coloquei a pimenta. Pronto. Retirei do fogo e esperei esfriar. Após essa etapa incorporei o cream cheese de forma homogênea.Reservei.

 Montagem

Dividi a massa em porções iguais, de tamanho suficiente para comportar uma boa porção do recheio (que afinal era a "graça" do prato). Abri cada porção - que estava em formato de bola - na palma da mão e coloquei o recheio. Cobri com a carne, tendo o cuidado de não deixar escapar o recheio (confesso: tarefa inglória). Depois de todos montadinhos fui para a finalização. Ufa!!!

Finalização

Coloquei em uma travessa retangular o Panko e a farinha de rosca...1 xícara (chá) de cada e misturei bem. Não tendo a farinha Panko pode-se utilizar apenas a de rosca, que confere um textura menos crocante mas é mais delicada. Nessa caso é necessário fazer a milanesa clássica: farinha de trigo, depois ovo levemente batido com uma pitada de sal e finalmente a farinha de rosca.
Como usei a farinha Panko que possui uma granulação maior dispensei a farinha de trigo. Passei os polpettones na mistura, depois no ovo batido e finalizei passando os bolinhos novamente na mistura de farinhas. Apertei bem para retirar o excesso de farinha e levei por uns 20 minutos novamente à geladeira. Eu acredito (minha lenda pessoal, tá?) que toda milanesa que fica um pouquinho gelada tem uma fritura e aderência melhor. 
É necessário que o óleo cubra os polpettones pois a imersão é fundamental nesse prato. É importante também que a panela ou frigideira da fritura seja funda e que o óleo esteja bem quente, mas não em excesso. Dourar muito rapidamente vai deixar a carne crua e nós não queremos isso, pois estamos lidando com um outro tipo de preparação de carne. Não é churrasco, não é medalhão ou seja nada que peça aquela carne quase crua, né?
Enfim, fritei os polpettones, coloquei-os em papel toalha para retirar o excesso de óleo. Foi servido com um macarrão ao sugo. 

E foi assim!!!

De ladinho e douradinho...