domingo, 26 de fevereiro de 2012

Frango empanado com parmesão.

Tá bonito, tá bonito..tá totoso, tá totoso...
Dá para notar o queijinho esperto derretendo e se mostrando?
Imagem: Felipe

Eis aqui esse franguinho...feito numa pressa só...outros franguinhos virão...mas a receita é uma só...

Então, pressa..pressa...ó tempos modernos! Tive o pedido de frango à milanesa, resolvi dar uma diferenciada no velho conhecido aqui de casa e usei também também queijo parmesão ralado grosso. Ficou "óteeemoo". Sequinho, bem temperadinho por dentro e crocante por fora. Sem contar o limão que deu aquela bossa à mais no petisco.

Ingredientes
Para temperar o cocó
1/2 kg de filézinhos de frango (sassami)
suco de 2 limões
sal a gosto
1 colher (sopa) bem cheia de mostarda
1 colher (sopa) de salsinha micropicadinha
2 dentes de alho super amassadinhos
azeite
Para empanar
2 ovos (grandes)
farinha de trigo o suficiente para empanar os filés
2 xícaras (chá) de farinha de rosca (bem fresca)
1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado grosso
óleo (uso de milho)

Como fiz

Lavei e limpei o que foi necessário dos filezinhos. Usei o suco de 1 limão e 2 xícaras (chá) de água para deixar os filezinhos um tempo de molho (mais ou menos 10 minutos). Escorri e passei sob a água corrente. Escorri novamente e juntei os temperos. Deixei na geladeira por uns 20 minutos, pegando "gosthio".
Enquanto isso bati levemente os dois ovos em um prato fundo. Em outro coloquei a farinha de trigo e em um terceiro coloquei a farinha de rosca bem misturadinha com o queijo parmesão.
Aí fiz a sequência tradicional de qualquer milanesa: passei os filezinhos na farinha de trigo, retirei o excesso e passei nos ovos batidos. Por último, passei na mistura de farinha de rosca e parmesão. Apalpei bem para a crostinha grudar no bichinho. Levei novamente à geladeira (um tempo de geladeira garante uma melhor aderência das farinhas e do ovo, impedindo que a casca se solte durante a fritura).
Feito isso, coloquei óleo em uma frigideira ...na quantidade suficiente para cobrir o franguito. Deixei o óleo aquecer bem e fui fritando aos poucos. Importante não colocar muitos de uma vez para o óleo não esfriar, espumar e terminar tudo em um desastre ou seja: filezinho encharcado e com a casca delícia da milanesa se soltando.
Não devemos esquecer jamais de colocar os empanadinhos em papel toalha depois da fritos. Assim a consciência pesa menos. Além de ficar mais saboroso, claro!
Foi isso!


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Cuca de calabresa do Jurandyr Affonso


A foto não ficou boa, mas dá para perceber que o miolo é macio e a cobertura bem crocante...hummmmm!
Foto: Felipe

 À César o que é de César. Sempre conheci essa receita como uma criação de Jurandyr Affonso. Posso estar enganada. Mas lembro que anotei essa receita quando ele a apresentou em um programa de culinária na TV, se não me engano no extinto Note e Anote.
Enfim, lá se vão alguns anos, e vira/mexe eu faço aqui no cafofo. Principalmente quando meu filho está, pois o quitute reúne alguns ingredientes preferenciais do rapaz.
Eis que outro dia, lendo o resultado de um Concurso Culinário promovido pela Revista Ana Maria, em que uma das exigências era a "criatividade" vejo esse receita entre as classificadas. Perdi algo?
Li a receita inteira para ver se era outra criação com o mesmo nome. Mas percebi que era praticamente igual senão totalmente. Então eu posso pegar uma receita sucesso em casa, mandar para um concurso e esquecer o item "criatividade"? Desculpe-me a moça que enviou a receita, mas não será uma ou duas modificações que tornam uma receita nossa (isso se houve alguma modificação).
Por isso, mais do que nunca vamos deixar bem claro: se a receita original não é do Jurandyr Affonso, no mínimo ele a popularizou. E se dele não for, dos outros que a fizeram depois que ele a divulgou é que não será mesmo.
Ou então a receita original é dela e foi emprestada ao Jurandyr. Gostaria de saber.....
Recomendo fortemente à Revista Ana Maria que exclua o item "criatividade" como um dos requisitos para o concurso. Fica melhor assim! 

Ela sai bonita do forno...bem crocante por fora por causa da cobertura e macia por dentro
Imagem: Felipe

Ingredientes

Massa

4 ovos inteiros
1/3 copo (requeijão) maionese (usei a Hellman's)
2/3 copo (requeijão) óleo de milho
1 copo (requeijão) de leite
100 g queijo parmesão ralado (grosso)
1/2 colher (café) de açúcar
orégano seco (a gosto)
2 e 1/2 copos (requeijão) farinha de trigo
1 e 1/2 colher (sopa) de fermento em pó
1 colher (sopa) salsinha picada
1 colher (sopa) cebolinha picada

Recheio

2 gomos de linguiça  calabresa defumada, sem pele, picadas
3 dentes de alho levemente dourados no azeite (receita original é cru)
2 colheres (sopa) de salsinha
150 g presunto cozido, fatiado e  picado

Cobertura 
1 bisnaga queijo Catupiry (aproximadamente 300 g)
3 tomates inteiros picados
sal, azeite e orégano a gosto
1/3 pacote (200 g) de biscoito Cream Cracker esmigalhado grosseiramente
50 g de queijo parmesão ralado grosso

Como fazer

Essa massa é feita na batedeira, pois é um pouco pesada. Bater os ovos até que dobrem de volume e fiquem claros. Junte a maionese e o óleo e bata mais um pouco. Acrescente o leite, a farinha de trigo, o queijo ralado e o açúcar, bata até que os ingredientes se incorporem. Os ingredinetes restantes - orégano, salsinha,cebolinha e o fermento - adicionar manualmente (com a batedeira desligada) com o auxílio de um pão duro. Mexer delicadamente devido ao fermento. Colocar então a massa em uma forma untada e esfarinhada, normalmente um pirex retangular grande. Desse vez fiz em uma forma de alumínio que comportou bem a massa, recheio e cobertura.
Observação: normalmente não é necessário colocar sal na massa, visto que o queijo parmesão e a maionese já o contém.
Recheio: Na receita original a linguiça defumada não é frita, eu dou uma ligeira fritada, pois como tem a cobertura, eu acho que ela não fica bem assada. Fritar levemente a linguiça, retirar do fogo e misturar o alho (que também não uso cru, dou uma leve dourada no azeite), o presunto e a salsinha. Colocar sobre a massa que já está na assadeira ou no refratário.
Cobertura: Misturar os tomates picados (eu retiro a pele e as sementes) com o sal, o azeite e o orégano.  Colocar sobre o recheio. Adicionar sobre eles o biscoito grosseiramente triturado misturado com o queijão parmesão ralado e só então espalhar o Catupiry, regar com azeite e levar ao forno pré-aquecido por aproximadamente 30 minutos.
Recomendo assar em refratário transparente que possibilita um acompanhamento melhor do assamento. Pois devido à cobertura a massa não fica dourada por cima e pela cremossidade do Catupiry ao derreter, o teste do palito fica falho, pois não saírá seco.

Cortamos a cuca ainda muito quente - e viva a gulodice!! - então a fofa ficou assim, sem elegância, esbagaçada.
Cortada na temperatura certa rende uns pedaços bem charmosos....
Imagem: Felipe

O Preço de Todas as Coisas


Para alguns, os poucos privilegiados com recursos abundantes e que sobram para o luxo, o valor das coisas está em apenas tê-las.
Mas ter algo "além" do que os outros possuem. Algo que os diferencie e grite aos outros: somos diferentes!!!
O luxo excessivo, além do conforto e da beleza, é sempre uma forma de apresentação. Para os homens sinal de poder, para as mulheres sinal de ostentação.
Imagem: blog.al.com
É famosa a frase (não sei se de um economista): "não existe almoço grátis...".
O livro que comprei no Carnaval - pois coloquei como uma das minhas metas para esse ano comprar pelo menos 1 livro por mês....chama-se "O Preço de Todas as Coisas", cujo autor é Eduardo Porter, na capa está escrito: " Uma discussão cativante, provando a máxima de que tudo tem um preço. Tudo mesmo: trabalho, mulheres, até mesmo fé e futuro".
O livro despertou meu interesse quando li sua resenha em uma das revistas semanais. Pelo pouco que já li do mesmo eu gostei. A linguagem é simples, agradável, de fácil percepção para os leigos em Economia como eu.
Através dele fiquei sabendo que o preço da vida humana é calculado em vários países para orientar políticas públicas. Fico sabendo também que para uma menina miserável em uma país pobre que tira sua subsistência dos lixões, a saúde futura que pode ficar comprometida com o manuseio da sujeira importa pouco, o valor das coisas para ela se resume na sobrevivência diária: ou seja, no que ela pode retirar desse lixo que lhe garanta mais um dia de alimento ou moradia.
O valor de todas as coisas é diretamente ligado ao poder aquisitivo de cada um: havendo recursos, alimentos orgânicos muito mais caros que os demais adquirem um valor extraordinário. Se os recursos são parcos, restos de uma feira adquirem um valor extraordinário também. Talvez até mais, pois não se trata de  escolha por uma vida mais saudável mas sim a única opção de alimentação.
No sumário fico sabendo sobre o que lerei: os preços estão por toda parte, o preço da vida, da felicidade, das mulheres (mas não falam do preço dos homens...sendo que hoje também são compráveis por mulheres de posses), do trabalho, o preço do grátis, da cultura, da fé, do futuro e até...quando os preço falham.
Imagem: http://www.americanas.com.b
Li alguns capítulos e estou gostando muito. Talvez minha relação com o dinheiro mude. Talvez o preço que dou à coisas essenciais para minha vida também mude. Uma certeza eu já tenho: quem ler o livro muda - pelo menos um pouco - sua visão sobre o valor do que acha importante para sua vida. 

Não existem almoços " de grátis"...há sempre um interesse de lucro futuro quando ele é oferecido...
Votos, compra futura, cumplicidade,sexo ...e por aí vai.
Imagem: blog.castsoftware.com

Em tempo: A frase muito conhecida é de Milton Friedman. "There ain't/is no such thing as a free lunch".


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Filé à parmegiana, Bruna e amizades....

Tô ou não tô bonitão?
Imagem: Felipe
Essa moça sorridente e bonita aí de baixo...pronta para atacar um filé à parmegiana e um nhoque "ixxperrto" feitos por essa que vos escreve é a Bruna. Amiga da minha filha de faculdade. Agora também Engenheira de Alimentos.
Gosta tanto de uma cervejinha, que seu toque no celular era: " E aí vamos tomar uma Skol (ou Brahma)?"
Assumidamente "folgada" quando se trata de ajudar nos afazeres domésticos, não é folgada no mais importante: ser amiga e solidária nos momentos certos!
Bruna, muito sucesso em sua caminhada profissional e pessoal também. Você merece!

A receita original do Filé à Parmegiana não leva muçarela (ai que está difícil não escrever: mussarella!) mas apenas o queijo parmesão ralado grosso. Aqui no Brasil  sofreu o acréscimo de presunto cozido e da muçarela. E se fizermos de outro jeito, parecerá que falta alguma coisa. Como já declarei aqui no bloguito, sou daquelas que não gostam de excesso de ingredientes por isso prefiro o filé apenas com parmesão. Mas como fiz para Bruna, Felipe e Mariana...fiz do jeito deles...afinal temos que respeitar clientes tão seletos.

Ingredientes

1 kg de filé mignon cortado em bifes grossos
sal a gosto
2 ovos batidos
Farinha de trigo o suficiente para empanar os filés
Farinha de rosca o suficiente para empanar os filés
1 kg de tomates bem maduros ou 2 latas de tomates pelados
1 cebola média micropicadinha
3 colheres (sopa) de azeite
1 ramo de manjericão
1 folha de louro
1 colher (café) de açúcar (caso seja necessário)
150 g de presunto cozido fatiado
300 g de muçarela
2 xícaras (chá) de queijo parmesão ralado grosso.

Como faço

Começo pela limpeza da carne. Não tempero porque o molho dará conta de adicionar sabor à carne. Passo então os filés pela farinha de trigo, ovos batidos e por último pela farinha de rosca. O clássico processo do bife à milanesa. Levo os filés empanados para a geladeira, para que a casca formada pelas farinhas e pelos ovos fiquem bem aderidas à carne.
Início então o molho. Bato os tomates pelados (sem as sementes) no liquidificador caso use tomates frescos (como foi o caso de filé) retiro a pele e as sementes e também passo pelo processador ou liquidifico (mas não muito, bom deixar meio grosseiro, para sentir pedacinhos de tomate).
Refogo a cebola no azeite até ficar transparente e junto o tomate, o louro e o manjericão. Se forem usados tomates pelados italianos não é necessário quebrar a acidez, mas sendo tomates brasileirinhos é bom adicionar o açúcar. Coloco um pouco de sal,sempre menos do que acho necessário. Abaixo o fogo e deixo o molho encorpar com calma e sem tensão. Quando o mesmo atinge o ponto, corrijo o sal, retiro o manjericão e o louro e deixo esfriar.
Bora...terminar os filés. Em uma frigideira coloco óleo suficiente para cobrir os danadinhos. Deixo aquecer bem.
Frito então os filés até atingirem uma linda cor dourada. Retiro e coloco em um recipiente que possa ir ao forno.
Coloco uma fatia de presunto cozido e duas de muçarela sobre cada um deles. Rego com o molho de tomate e salpico o queijo parmesão ralado generosamente. Finalizo banhando o parmesão com um bom azeite.
Levo ao forno até que os queijos estejam derretidos.
Depois é só apreciar. Como a Bruna...vejam o sorriso pré ataque ao filé da moça!!!
Que felicidade da Dona Bruna...!!!
Imagem: Felipe

Macarrão com molho de alho poró e limão

Alho poró...sempre suave e crocante...
Imagem: http://www.flickr.com/

O molho já bem reduzido e com um tom amanteigado que só o creme de leite fresco confere
Imagem: Felipe 
Encontrei no hortifruti um alho poró muito bonito e fresco e resolvi comprar o bichinho ainda sem saber ao certo o que fazer com ele, pensei primeiro em um quiche, depois em um camarão e finalmente me decidi pela masssa. E não qualquer massa, mas uma larga - pappardelle - que eu acho combina gostosamente com esse tipo de molho: alho poró, limão e creme de leite fresco.
Foi um prato excelente para o dia quente que fazia, já que é ao mesmo tempo substancial mas não pesado em excesso. Pode ter acompanhamento ou não. Se a pessoa for muito carnívora, pode ser o acompanhado de uma carne assada ou de um medalhão de carne (frango, mignon ou suíno).
Só para incomodar o fotógrafo: delícia..delícia...
Imagem: Felipe

Ingredientes

2 alhos porós cortados em rodelas (apenas a parte branca)
1 xícara (chá) de creme de leite fresco
1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de azeite
1/4 xícara (chá) vinho branco seco (opcional)
1/4 xícara (chá) de cebola micropicadinha
sal a gosto
pimenta do reino branca (opcional)
1/4 xícara (chá) de salsinha micropicadinha
2 colheres (sopa) de suco de limão coado
1/2 pacote de macarrão (usei o pappardelle)

Como fiz

Coloquei a cebola para dourar no azeite junto com a manteiga. Usei uma frigideira larga e de fundo grosso. Quando a cebola ficou transparente, adicionei o alho poró cortado em rodela não muito finas e refoguei bem, até murchar e dourar. O alho poró murcha bastante e sua quantidade final se reduz. Juntei então o vinho e esperei que o mesmo evaporasse. Só então acrescentei o creme de leite com um pouco de sal. Deixei o creme de leite reduzir em fogo baixo. Corrigi o sal e juntei a salsinha picadinha. Não usei pimenta dessa vez.
Só depois de retirar do fogo e esperar esfriar um pouquinho e que adicionei o suco de limão, aos poucos, e mexendo sempre. Colocar o limão com o molho muito quente fará com que o mesmo talhe.
Cozinhei o macarrão à parte e deixei no ponto "al dente". Escorri e somei ao molho na própria frigideira.

Incorporei bem e servi.

Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça e....sabor.
Imagem: Felipe

De molho


Ó vida...ó céus....ó dia....
Imagem: http://darianbarnes.com/
Eis que o Carnaval acabou.. e eu que não me afundei no furdunço, não tomei todas e nem fiz acrobacias carnavalescas fui atacada por uma dor nas costas inusitada e cruel. Apenas fiz uma visita ao Paraguai (sou dessa exceções que detesta essa coisa de compras no vizinho...mas foi preciso dessa vez) e recebi visita. Cozinhei um pouco, vi filmes e comprei um novo livro (falo dele depois...pois acho que merece..).
Não sou muito de ter dores, sempre fui resistente à maioria das queixas comuns ou seja: sobrevivo bem à resfriados, dores de cabeça, tombos e etc. Essa dor me pegou de surpresa pois me travou os movimentos. Abaixar, caminhar e até respirar viraram movimentos dolorosos.
Tomei injeção, anti-inflamatórios e analgésicos. Já consigo sentar por uns tempos. Já consigo andar pequenas distâncias sem travar no caminho. Já consigo me virar lentamente na cama.
Ou seja: tá quase bom..tá quase bom...para retomar o fio da meada da vida. Trabalhar, tagarelar (e como!!!) e sobretudo me sentir novamente uma pessoa capaz.
Enquanto isso..vou pingando devagarinho as comidinhas que andaram rolando no cafofo.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Alcatra recheada delicinha...

Aqui estou, todo enfeitado e pimpão...
Eis aí uma carninha improvisada, mas com o objetivo claro de agradar à um paladar muito específico: o do meu filho que é literalmente apaixonado por queijo.
A pressa pode até ser inimiga da perfeição, mas nesse caso foi muy amiga da satisfação.
Acompanhada de um arrozinho básico ou de um macarrão alho e óleo (azeite, bebê!) forma uma refeição completa.

Ingredientes

1 kg de alcatra cortada em bifes grandes e não muito finos
4 dentes grandes de alho micropicadinhos
1 colher (sopa) de aceto balsâmico
sal a gosto.
folhas de manjericão frescos
quanto queira de tomates cereja (se não tiver vai qualquer um merrrmo!) cortados ao meio
100 g de presunto cozido fatiado
200 g de muçarela fatiada
1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado na hora

Como fiz

Temperei os bifes com o alho, aceto e sal. Selei os dois lados em frigideira super quente e com um pouco de azeite.
Retirei do fogo. Como os bifes eram grandes, fiz para serem dobrados ao meio.
Em uma das metades coloquei 2 fatias de presunto, tomates cereja  polvilhados com flor de sal (pode ser o outro sal também madame...nos dois casos, é só um tiquinho mesmo), folhas de manjericão e por último 2 fatias de mussarela. Cobri essa metade com a outra que não levou recheio (dobrei os bifes ao meio como se pode ver pela foto). Para garantir que o recheio não escapasse, uni as bordas dos bifes com palitos. Coloquei em um refratário levemente untado com azeite. Cobri com mais muçarela e polvilhei queijo parmesão.
Levei ao forno pré-aquecido, alto, e deixei o tempo suficiente para que a muçarela derretesse.
Não podemos esquecer de retirar os palitos antes de servir, para ouvirmos hum...hum..e não ai..ai..
E colocar umas folhas de manjericão para dar uma bossa a mais é altamente aconselhável.
Prontinho!

Observação: Deixei a carne passar um tico do ponto pois é do jeito que meu filho gosta.

mas como é o normal nesse cafofo, meu tempo de vida foi bem curto...

O comer brasileiro pelos tempos 9

Arroz arbóreo
Imagem: italyinsf.com
Estamos na década de 90 do século passado (parece que foi ontem!). Os produtos importados começam a ganhar espaço nos supermercados tornando-se mais acessíveis. Não é preciso mais ir à mercearias gourmets para ter acesso à um macarrão importado, tomates pelados italianos, opções variadas de azeites importados, acetos balsâmicos, temperos que antes eram raros, arroz especial para risottos e até fugir da salsa e cebolinha, agregando manjericão, alecrim, sálvia e tomilho aos temperos verdes.
Dizem os entendidos que em nenhuma outra época a gastronomia brasileira mudou tanto, pois não houve apenas a introdução de novos pratos mas sim de novos ingredientes e até utensílios. É quando começa a surgir a paixão pela gastronomia, mexer com comida ganha um "status" de glamour.
Venho de uma família que preza a boa comida, de uma cidade que é uma mescla de portugueses, italianos e espanhóis tradicionais adoradores de uma boa mesa. Para a maioria das pessoas com quem convivia cozinhar era um ritual: a família que se reunia para preparar os doces das festas e as amigas, mesmo jovens e estudantes, não desprezavam o saber fazer delícias no cozinha. Afinal éramos todas farinha do mesmo saco....
Quando me formei, casei e mudei para uma pequena cidade do interior do Paraná, grande foi o meu choque, ao me descobrir uma "anormalidade" entre minhas amigas, profissionais como eu. Afinal...eu gostava de cozinhar! E ir para a cozinha com prazer parecia não combinar com a mulher profissional, que ganhava seu próprio salário e que podia encomendar seus quitutes para um festeeenhaaa.
Hoje, radicalismos ultrapassados, a cozinha deixa de ser um dever diário, o que de fato torna chato o ato de cozinhar. Temos opções de congelados, restaurantes com comida honesta e à preços razoáveis, temos enfim a possibilidade de ir para a cozinha somente para agradar aos outros, aos que queremos bem, agradar à nós mesmos - cozinhar sem pressa, em boa companhia e quando estamos com vontade é uma terapia - e isso modifica tudo. Não é mais tão "moderno" dizer: não gosto de cozinhar, não sei cozinhar...
Mas também não existe a obrigação de nossas mães e avós: tenho que cozinhar...ontem fiz isso, semana passada aquilo, afinal o que vou fazer para hoje?
Acho que o equilíbrio chegou e isso é muito bom...
Junto com os tomates importados chegam os queijos mais sofisticados e a massa feita com trigo de grano duro, que tornou o macarrãozinho tradicional da família brasileira, muito, mas muito mais saboroso. Eis nossa massa cozida "al dente", sem aquela água esbranquiçada do cozimento, resultado da quase dissolução da bichinha durante a fervura...molhos gloriosos sem a necessidade da "pitada" de açúcar para tirar a acidez. E ainda por cima um legítimo queijo parmeggiano ralado na hora, em lascas grossas...chega do queijinho "tipo" parmesão em saquinhos, tão esfarelado, que mais parecia uma farinha de mandioca. Ainda os há, ainda estão por aí..mas já podemos olhar para eles com soberbo desprezo e partir para ...outro parmesão!!!
Barilla, foi com você que tudo começou.....nunca mais o macarrão da "mamma' foi o mesmo
Imagem: librizziacolori.it

E chegaram as comidinhas e temperinhos deliciosos..Que felicidade!!!
Imagem: http://free-extras.com

Azeitinho, tomatinhos, manjericão e muçarela de búfala....
Velhas delícias mais valorizadas, novas delícias enriquecendo o paladar do brasileiro
Página da Fonte de Imagens: http://perfacilitadorhelio.blogspot.com/
Alguns doces que hoje têm suas receitas espalhadas por aí, nos foram apresentados nesta década e chegaram arrasando. Podemos destacar o Tiramisú (para variar com várias versões abrasileiradas...com requeijão ou cream cheese substituindo o mascarpone além de outras modificações), o Cheesecake (também com versões brasileirinhas), o Brownie  e o Petit Gâteau (geralmente executado de forma incorreta). O problema é: quando um alimento chega aos balcões de supermercados, geralmente chega mal feito, grosseirão merrmooo...isso vale tanto para as delícias "gringas" como para as delícias brasileiras.

Totosinho...
Imagem: http://kitchensketches.blogspot.com
Cheesecake abrasileirado, com calda de frutas tropicais, fica muito bom...
Imagem: http://abracadabra.spaceblog.com.br


E mais um docinho para atiçar as "lumbrigaxxx"
 
Já tem tanta versão de petit gâteau que virou bagunça!!!
Imagem: www.seurestaurante.com.br

Terminamos a década de 90 com todas essas doçuras. Cabô!!!
Bora para o próximo milênio

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Carne da panela

Só preciso de uma saladinha verde, hiper fresquinha e um arroz branco gloriosamente soltinho...
Carne de panela faz parte do repertório das comidinhas caseiras. Comida da mamãe, da vovó e da titia. Tenho certeza que a maioria dos filhotes brazucas que saem de casa quando retornam para a casinha da mamãe pedem uma carninha de panela, que pode ser desse ou daquele jeito, mas sempre muito aromática e saborosa.Lembro que meus filhos sempre pediam as comidas "domingueiras", "festeiras", "feriadeiras"...hoje, quando retornam pedem sermpre o mais básico: purê de batatas, bifes à milanesa ou rolê, creme de espinafre,abobrinha batidinha e carne de panela (entre outras coisas). Faço essa carne com acém (que fica óteema!!) ou com lagarto (aqui no Paraná conhecida como "posta branca"). O cheirinho na cozinha, lembra para todos nós, os aromas antigos e dá uma "xodade".....

Ingredientes

1 e 1/2 Kg de lagarto (posta branca) em peça inteira
6 dentes de alho bem amassados
2 folhas de louro
2 colheres (sopa) mostarda
1/4 de xícara (chá) de vinagre de boa qualidade
sal à gosto
1/2 xícara (chá) de azeite
pimenta à gosto (pode ser do reino, dedo-de-moça, biquinho)
cheiro-verde micropicadinho
1/2 xícara (chá) de bacon magro picadinho
4 batatas inglesas grandes cortadas ao meio
1 cenoura grande cortada em rodelas
1 cebola grande cortada em pétalas grossas
1 xícara (chá) de ervilhas frescas ou congeladas (never, mas never merrmo.. de lata!!)

Como faço
Limpo bem a peça de lagarto, essa carne tem muitas fibras, rija e muito compacta, por isso boa para ser fatiada. Junto os temperos (alho, pimenta, sal, louro, um pouco do cheiro-verde, o vinagre, a mostarda e o azeite) e besunto bem a carne com eles, não esqueço da dar umas perfuradas na bichinha para que o tempero penetre. Faço isso de véspera. Acondiciono em um recipiente e fecho bem com um filme plástico. Havendo boa vontade, paciência, dedicação e etc..etc..é bom virar a bichinha de vez em quando.
Depois dessa etapa: vamú naná! vamú naná! vamú naná!
Eis que o sol aparece e estamos em um outro dia. Hora de finalizar a carninha.
Se tiver boa vontade, dedicação, abnegação, tempo e paciência faça na panela normal, fica mais gostosa, mas aí minha nega, cê tem que ficar de "zóio", pingando água quente de vez em sempre. Ou seja: essa carne vai ser durante algumas horas seu bebê precioso, exigindo mil cuidados.
Se não tiver a boa vontade, o tempo e o saquinho necessários faça na panela de pressão. Vai ficar gostosa também.
Coloco as 2 colheres (sopa) de azeite junto com o bacon na panela bem quente, deixo o bacon derreter, adiciono então a carne, selo os dois lados rapidamente. Passo então para o processo de "dourar', adicionando um tiquinho de água e virando sempre, até que ambos os lados estejam bem douradinhos.
Essa carne da foto fiz na pressão..por isso, juntei 700 ml de água bem quente, deixei levantar fervura, tampei e deixei por 20 minutos depois que começou a chiar. Retirei a pressão e verifiquei se a carne já estava macia, mas foi necessário mais um pouco de água e mais 10 minutos na pressão. Após esse tempo juntei as batatas, a cebola e a cenoura, levei à pressão novamente e 8 minutos bastaram. Tirei da pressão, juntei as ervilhas e deixei a panela (sem tampa) em fogo bem baixo até formar um caldo encorpado. Retirei do fogo e taquei-lhe cheiro verde, para dar aquele "arremate".

Observação: o tempo de cozimento vai depender da panela e do fogão. Pode variar muito, para menos ou para mais. Por isso é importante depois dos 20 minutos iniciais, diminuir o tempo para verificar a maciez da carne. É importante também que se retire toda a pressão da panela antes de abrir a tampa, afinal estamos preparando uma carne e não um desastre doloroso na cozinha, né não?
Pena que tive uma existência tão curta...

Frozen Yogurt de Morango para um verão infernal

O verão este ano não está de brincadeira, veio forte acompanhado de uma ausência de chuva que piora tudo!!
Engraçado que quando temos uma sequência de dias muito cinzentos ansiamos pelo sol, pelo azul e pela claridade que o acompanham. Quando temos tantos dias de sol tão forte passamos a ansiar por esses dias que terminam cedo, que a tardezinha pareça-se com um final de dia e não com um meio-dia completamente solar.
Só nos resta então, tentar atenuar o fato, apreciando as delícias que o calor solicita. Sucos, sorvetes e aqui no cafofo...frozen! Mais especificamente o de morango.
Eu dei uma adaptada na receita original que veio daqui: http://pecadodagula.blogspot.com/
Fácil de executar, apenas um pouco demorado, com o sabor marcante do morango e uma lembrança de limão.
Vamos fazer?

Ingredientes
300 g de morangos bem maduros (eu utilizo duas caixinhas)
400 ml de iogurte natural (utilizo o de consistência firme)
2 colheres (sopa) de mel (utilizo apenas uma)
200 ml de leite condensado
sumo de meio limão (siciliano ou tahiti) - não tem na receita original
1 colher (sopa) bem cheia de açúcar - não tem na receita original

Como faço
A receita original manda limpar e espremer os morangos entre os dedos, não muito e depois juntar os outros ingredientes.
Eu separo uma xícara (chá) dos morangos mais maduros, depois de limpá-los, amasso grosseiramente com um garfo e coloco a colher de sopa de açúcar. Misturo bem e deixo na geladeira.
O restante dos morangos eu bato no liquidificador com os outros ingredientes. Levo em um pote (desses de sorvete mesmo) para o freezer. Após 3 horas, retiro e bato novamente (dessa vez com a batedeira). Repito essa operação por mais duas vezes, sempre de três em três horas. Na última operação, após bater, junto os morangos reservados e misturo delicadamente com uma colher. Cubro com filme plástico e volto ao freezer, agora sim, intocado e sagrado, até endurecer completamente.
Pode ser servido só assim, que já tá bom por demaissss!
Mas se quiser saborear junto com umas frutinhas espertas picadinhas não é proibido....

O primeiro aniversário do ano



Imagem: dryicons.com

Nosso ano sempre começa pelo aniversário de minha filha - dia 04 de Janeiro. Apressadinha com sempre, não esperou o tempo certo e nasceu beeem antes da hora. Esse fato gerou toda uma cadeia de cuidados especiais e alguns anos de incertezas quanto à sua saúde. Enfim, ela venceu os percalços e hoje está cuidando de sua vidinha e plagiando Gil: "com sua própria régua e compasso".

Minha filha faz parte de um grupo humano específico: os ansiosos!
A festa de amanhã é a preocupação de antes de ontem, o Natal desse ano mal nos deixou e ela já está pensando como será o do próximo ano...enfim: um verdadeiro azougue como diriam os antigos!
Quando fica muito tranquila, sem nenhuma de suas "grandes" inquietações que compartilha com toda a família, a calmaria se instala e sejamos francos- incomoda!
Ou seja: Mariana é a pimentinha que tempera nossas vidas. Às vezes, é claro, tempera tanto que a gente tem que dar uma dispensada, e surge a já famosa frase: tá todo mundo me cortando hoje!!!
Lendo um poema de Cecília Meireles pensei: será que ela pressentia que uma Mariana chegaria ao mundo? É um poema que muito me lembra minha filha... 



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Ou Isto Ou Aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol,

ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,

ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,

quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa

estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,

ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...

e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,

se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda

qual é melhor: se é isto ou aquilo.
 
Enfim, o que quero dizer para você, minha filha, é que meu maior desejo para você, não tem isto ou aquilo. É apenas esse: que você saiba reconhecer onde está a sua felicidade, que a busque e a preserve!
Parece que esse é um voto atrasado de Feliz Aniversário, né? Mas saiba que não é, sabe por quê?
 
Porque todo dia é seu aniversário em meu coração!!!
 
 
 
 
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