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" i carry your heart with me (i carry it in
my heart ) i am never without it (anywhere
i go you go,my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling)
"carrego seu coração comigo (eu o carrego dentro do meu coração)
nunca estou sem ele (onde quer
que eu vá, você vai minha querida; e o que quer que seja feito
por mim é feito por você, minha querida)
i fear
no fate (for you are my fate,my sweet) i want
no world (for beautiful you are my world, my true)
and it’s you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you
não temo
o destino (pois você é meu destino, minha doçura) não quero
o destino (pois você é meu destino, minha doçura) não quero
o mundo (pois você é meu mundo, minha verdade)
e você é o que a lua sempre significou
que o sol sempre cantou
here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that’s keeping the stars apart
aqui está o segredo mais profundo que ninguém sabe
(aqui está a raiz da raiz, o broto do broto
e o céu do céu de uma árvore chamada vida; que cresce
mais alta do que a alma pode ansiar ou a mente pode esconder)
e aqui está o fenômeno que mantém as estrelas separadas
i carry your heart(i carry it in my heart)”
carrego seu coração (eu o carrego dentro do meu)”
(E.E.Cummings)
No meio dessa vidinha a gente esquece muito facilmente das belas coisas que já nos emocionaram. Foi isso que pensei, quando ao ver um filme com Cameron Diaz e Toni Collette (No seu Lugar) este poema foi recitado. E.E. Cummings junto com T.S. Elliot (acho que os descobri meio juntos) fez parte de uma fase da minha vida, onde ler poesia era tão necessário como beber água.
Depois a vida começa a acontecer, digo a vida adulta, com suas responsabilidades, seus altos e baixos, suas derrotas e conquistas...a gente começa ficar meio "bruto", o tempo para "determinadas" coisas (que não fazem parte das obrigações diárias) fica escasso ou a gente permite que fique escasso.
E, no entanto, somos nós que perdemos. Perdemos todo um momento de rara beleza e alegria, aquele que é formado no instante em que palavras de um poema nos tocam o coração de tal forma, que nos sentimos, nem que seja por alguns segundos completamente donos do significado da beleza.
É o momento em que carregamos o coração do poeta junto com o nosso coração. Um momento único de comunhão e identidade.
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