sexta-feira, 25 de maio de 2012

Torta aberta de espinafre


Mezzo torta mezzo quiche? A base é da torta tradicional aqui do cafofo (http://comidinhadecasa.blogspot.com.br/2011/01/torta-de-cogumelos.html) e a cobertura veio daqui ó ...http://thinkfood.com.br/. Segui a dica para deixar a massa sequinha (pincelar a massa antes de ir ao forno com clara de ovo para que esta fique impermeável). O resultado é plenamente satisfatório. Apenas não aconselho que seja requentada no microondas pois toda a "gordura" que nela está contida aparece, melhor aquecer no forno tradicional ou elétrico. Sim, a minha ficou meio "musa de verão", bronzeada, mas foram apenas as bordinhas. O restante ficou absolutamente dourado, da cor do pecado....
O brilho é da clara...
Então tá.. a massa é aquela,né? A diferença é que antes de ser perfurada com o garfo levou uma pincelada de clara crua (não se preocupe, não fica cheiro...). Foi ao forno médio até ficar levemente assada quando foi  retirada e reservada pois não podemos esquecer que a gostosura voltará ao forno para os finalmente. Agora vamos ao recheio.

Ingredientes

1 maço de espinafre limpo e picado grosseiramente
1/2 xícara (chá) de cebola picadinha
1 xícara (chá) de bacon magro picadinho
1 colher (sopa) de azeite

Como fiz

Dourei o bacon no azeite e depois escorri o excesso da gordura, deixando um pouco para refogar a cebola até que dourasse. Juntei o espinafre e dei uma "salteada" rápida, até o bichinho murchar mas não à ponto de soltar água. Reservei.
O recheio à espera de companhia...
Hora de fazer o creme e é "aquele" creme...segui a receita do ThikFood à risca, e digo..o queijo gruyère é essencial pois confere ao creme um sabor suave e uma textura delicada. Aprovado!!

Ingredientes

30 g de manteiga integral sem sal
100 g de queijo gruyère
350 g de creme de leite fresco
4 ovos
sal e pimenta a gosto

Como fiz

Primeiro bati os ovo com um fouet (lembro que peneirei as gemas...é de praxe), reservei. Ralei o queijo (não muito fino) e juntei o creme de leite,a manteiga que foi amolecida antes, o sal e um "teco" de pimenta do reino. Só então juntei os ovos, misturando tudo muito bem, para que os ingredientes se incorporassem perfeitamente. 
Antes de ir ao forno

Montagem

Sobre a massa que foi previamente assada, coloquei o espinafre refogado (frio, hein?) e sobre ele o creme de queijo. Levei ao forno até que ficasse desse jeitinho aí embaixo. Notem que as bordas da torta estão um pouco "torradinhas".....rsrsrs...portanto foram eliminadas para não fazer "feio", né?
O que posso dizer? Nada que esteja à altura do sabor.
Repetiremos....

Saindo do forno....

Delícia no contraste de texturas...
Mirem e imaginem...


domingo, 20 de maio de 2012

Creme de manga com calda de morangos

 Eu sei que eu sou bonito e totoso....
Imagem: Felipe A.

Tinha umas mangas bem maduras dando sopa na fruteira e fui "caçar" uma receita rápida e refrescante para aproveitá-las. Gostei dessa e modifiquei a calda que eram de amoras e acrescentei o vinho porque o "árrcoooll" amacia a alma....

Ingredientes
Para o creme de manga

2 e 1/2  xícaras (chá) de manga batida no liquidificador
1/4 xícara (chá) de creme de leite fresco
1/4 xícara (chá) de leite
1/4 xícara (chá) de iogurte natural (consistência firme)

Para a calda

2 xícaras (chá) de morangos bem maduros e picados
1 xícara (chá) de água
½ xícara (chá) de açúcar cristal
1 colher (sopa) de amido de milho
2 colheres (sopa) de vinho tinto seco


Como fiz o creme
Primeiro bati a manga no liquidificador (medi antes) depois acrescentei o restante dos ingredientes e liquidifiquei mais um pouco. Coloquei nas taças e levei à geladeira.

Como fiz a calda

Levei os morangos para ferver em 3/4 da xícara de água e juntei o açúcar, deixei cozinhar em fogo bem baixo até o morango dar uma boa amolecida. Dissolvei então o amido de milho no restante da água e juntei à mistura. Mexi bem até ferver e engrossar. Deixei mais uns minutinhos cozinhando e só então retirei do fogo e acrescentei o vinho. Deixei esfriar bem e coloquei sobre o creme de manga. Deixei na geladeira de um dia para o outro.
Que delícia!
Imagem: unemployedlibrarian2point0.blogspot.com
 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cogumelos paris recheados.

Outro dia assisti o programa Kitchen Boss (TLC) e o chef (Buddy) estava preparando esses cogumelos. A receita parecia aromática e fácil. O mais importante porém que é deu uma vontade de entrar na tela e...atacar. Esse programa é sobre receitas caseiras - tradicionais italianas- que segundo o chef são sucesso em sua família. Quer dizer: nada de inovações, de apresentação minimalista, estruturada e de modernidade gastronômica.
Lindos cogumelos paris...mas ainda sujinhos.
Imagem: Felipe A.
E na verdade essas comidas tradicionais nunca deixam de fazer sucesso pelo fato de serem honestas, despretenciosas e feitas com aquele carinho que é o tempero especial de qualquer comidinha de sucesso.
O chef usa uma farinha de pão - que ele chama de especial do Buddy - bem aromática. Deve ser feita antes do início da preparação do prato em si. A receita não está 100% como a original. Fiz lá minhas adaptações, mas procurei ser o mais fiel possível. O resultado? Uns cogumelos sensacionais e um recheio que vou aproveitar para beringelas, abobrinhas, tomatinhos, chuchus e também para empanar legumes e carnes. Pois é de fato "especial".
Farinha de Pão

Ingredientes

1 pão italiano dormido (se não tiver não se acanhe, use uma baguette, um pão francês)
2 dentes de alho
2 colheres (sopa) de ervas finas (usei salsinha e tomilho apenas)
1 colher (chá) de sal
1 xícara (chá) de queijo pecorino ralado fininho (usei queijo Minas meio cura)

Como fiz

Ralei o pão no ralador manual mesmo. No processador coloquei o pão ralado grosseiramente e os demais ingredientes. Processei bem. Reservei.
A farinha de pão...realmente especial
Imagem: Felipe A.

Para os cogumelos

Ingredientes

8 cogumelos paris grandes
1 colher (sopa) de azeite extra virgem
1 cebola roxa média micropicadinha (ele usou echalote)
2 dentes de alho amassadinhos
1/4 xícara (chá) de vinho branco seco
sal (muito cuidado, a farinha de pão já tem sal e lá vem mais queijo...)
1 xícara (chá) da farinha de pão
1/2 xícara (chá) mais 2 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
2 colheres (sopa) de salsinha picadinha
Azeite para regar

Como fiz

Limpei os cogumelos (pois é não pode lavar, então não lavei, mas passei um pano bem limpinho e úmido nos bichinhos), retirei os talos (cabos, sei lá...) e piquei-os. Reservei-os.
Em uma panela dourei o alho no azeite, juntei as cebolas para um douradinho e acrescentei os cabos dos cogumelos picadinhos e um pouco de sal. Deixei refogando até não haver mais líquido. Coloquei o vinho branco (nessa hora pode colocar uma pimentinha moída na hora, eu não coloquei) e deixei mais 1 minuto (aproximadamente) cozinhando.
O refogadinho maneiro...pronto para receber os outros companheiros.
Imagem: Felipe A.

Retirei do fogo e coloquei em um recepiente onde já estava a farinha de pão, o queijo parmesão ralado (apenas a 1/2 xícara de chá) e a salsinha picada. Incorporei bem os ingredientes...não resisti e tasquei mais um pouquinho de azeite.
O recheio pronto e completo...
Imagem: Felipe A.

Os cogumelos foram recheados com essa mistura (bem recheados...sem miséria, viu?) e colocados em um refratário untado com azeite. Coloquei mais queijo parmesão no topo de cada um ( as 2 colheres reservadas) e...surpresa!!...dei uma boa regada com azeite.
Recheadinho e pronto para ir ao forno...
Imagem: Felipe A.
 Levei ao forno médio até os cogumelos ficarem macios e o topo douradinho (20-25 minutos). O cheirinho dessa delícia assando é qualquer coisa, invade a casa, atiça a gula.
Douradinho e tentador...
Imagem: Felipe A.
Depois, com a solenidade que todo prato desfruta quando apresentado pela primeira vez ao cafofo, foi entregue a fúria e gula dos bárbaros. 

  

domingo, 6 de maio de 2012

Bacalhau "pretensamente" espirituoso

Foto: Felipe 
Na Páscoa, com um belo bacalhau à disposição, fiquei matutando um jeito "novo" de fazer a iguaria. Lembrei de um bacalhau que o Claude Troisgros fez no "Que Marravilha"..mas não lembrei em detalhes. Peguei a receita na Net, queria achar o vídeo...mas tudo ficou embolado, quando uma velha amiga da minha mãe resolveu me ligar na hora da preparação. Depois de uma longa conversa, voltei ao bacalhau...bem confesso que como ele tem etapas, já estava atrasado...não vi o vídeo nem nada. E resolvi fazer do meu jeito, de como lembrava que ele tinha feito. Ficou uma "marravilha"...provavelmente não para o Claude. Mas eu achei delicioso, o sabor do alho passado no pão (resultado de um erro meu na preparação) dá um toque tão especial e saboroso que resolvi usar o mesmo "truque' no palmito que fiz para meu filho (pois ele não come bacalhau, bobinho!).

Ingredientes

Para o pré-preparo do bacalhau
1 kg de bacalhau, dessalgado e com pele
1 e 1/2 lt de leite (a receita original pede 2 l )
Tomilho, louro e alecrim a gosto
1 cabeça de alho cortado pelo meio, com casca (usei uma cabeça grande)

Como fiz

Fervi o leite com as ervas e o alho. Reduzi a chama para que o leite parasse de ferver, coloquei o bacalhau e o cozinhei por 10 minutos (a receita manda 15 mas achei que 10 foram suficientes) com a panela tampada. Depois retirei o bacalhau do leite, deixe esfriar e desfiei em lascas graúdas. O leite ficou reservado.

Para o pão
500 ml do leite onde foi cozido o bacalhau (coado)
3 pães francês sem casca
2 dentes (grandes) de alho descascados

Como fiz

Tostei apenas um pão (cortado em fatias) em forma untada com azeite. Bem...tostei não é bem a palavra certa, na verdade eu torrei completamente em conversa com a "cumadi' de minha mãe. Sorte que tinha mais  à mão e repeti a operação. Dessa vez cuidando do pão como de um bebê. Quando adquiriu uma linda cor dourada retirei do forno e passei (massageando bem) o alho nas fatias. Retirei o miolo dos outros 2 pães e tan..tan..cometi meu erro: misturei os miolos com os pães torrados e coloquei o leite do bacalhau bem quente por cima e misturei até formar um purê. Reservei o purê.
Na verdade as torradas teriam que ficar reservadas para serem servidas "sobre' o prato finalizado, mas eu já estava bem "zuretada" com tanto papo nessa hora.
Minha conclusão: ficou ótimo e só vou fazer assim, o sabor do alho na torrada conferiu um sabor ao prato totalmente,absolutamente e sem dúvida delicioso. Portanto, errar é humano..persistir no erro é divino (nesse caso!).

Para o bacalhau
150 ml de azeite extra virgem
2 cebolas (médias) picadas 
3 dentes de alho picados (a receita manda 4, mas eu já tinha sabor do alho na torrada)
2 pimentas biquinhos picadinhas ( a receita manda 1 pimenta dedo-de-moça)
1 cenoura (média) ralada
sal e pimenta do reino branca a gosto

Como fiz

Dourei levemente a cebola no azeite, juntei a pimenta e o alho. Deixei o alho dar uma douradinha. Coloquei a cenoura e o bacalhau. Mexi bem até secar o liquído que se formou. Juntei o pão (aquele que ficou como um purê) e incorporei bem ao bacalhau. Coloquei sal (menos que o desejado, pois ainda teria o sal do bechamel...portanto devagar com o andor) e a pimenta do reino branca. Coloquei em um refratário untado com azeite. Reservei.

Para o molho bechamel
50 g de farinha de trigo 
50 g de manteiga (coloquei 70 g, vixê!!!)
600 ml do leite do bacalhau (tá rendendo esse leite...)
1 colher (sopa) de mostarda (usei Heinz, mas a receita pede Dijon..."num' tinha) 
sal a gosto  (lembremos que o bacalhau já tem sal, portanto...atenção)
noz-moscada a gosto (mas não tão a gosto que só ela apareça...moderação)
A receita pede ainda pimenta, mas eu não coloquei.
Queijo parmesão ralado


Como fiz

Derreti a manteiga e adicionei a farinha de trigo, sempre mexendo com um fouet, deixei cozinhar por uns dois minutos. Juntei o leite e continuei mexendo até engrossar bem. Depois coloquei a mostarda (acreditem faz muiiiita diferença - para melhor), o sal e a noz- moscada. Incorporei bem e coloquei sobre o bacalhau no refratário.
Salpiquei com uma generosa camada de parmesão ralado grosso e na hora. Finalizei com uma regadinha de azeite (a receita não manda, mas eu "quis").
O resultado, mesmo com as "mancadas" e "modificadas" foi sensacional. Sucesso..sucesso!

Observação: a torrada que eu utilizei seria colocada sobre a delícia e depois regada com azeite. Pôxa...eu achei que ficou tão boa "dentro" da iguaria e não "sobre" ela!


Era para ter uma folha de alface em baixo, eu por cima e uma torrada me incomodando.
Mas olha com fiquei faceiro enfeitadinho com tomilho e alecrim!