"Eu sou nuvem passageira
que com o tempo se vai
eu sou como um cristal bonito
que se quebra quando cai..."
(Hermes de Aquino)
Acho que o "muso" inspirador dessa canção foi...o soufflé! Demorado para ser executado, deve ser consumido rapidamente, para não perder as qualidades que o tornam tão famoso: textura aerada e cremosidade.
Já com uma pequena "murchada"na hora do click...ai..ai..nem faz pose esse soufflé! Imagem: Felipe A. |
Se tem uma coisa sucesso no cafofo é queijo..sempre temos mais de um tipo de queijo à disposição. No supermercado alguns alucinam com as carnes especiais, vinhos, chocolates e etc...nós alucinamos com os queijos. Poderia até se dizer que somos meio "ratinhos" e que nosso "home sweet home" seria mais uma "toca sweet toca". E outra coisa que adoramos é o tal suflê.. soufflé..seja lá o que for. Quando essas duas "preferências cafofais" se encontram é festa na certa!
Dessa vez um queijo Brie dando sopa e um Minas padrão (sobra do pão de queijo) dando mais mole ainda deram o motivo para se praticar mais um soufflé..e que bom que ficou!
Ingredientes
2 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de trigo (peneirada)
1 xícara (chá) de leite integral
noz moscada (ralada na hora) a gosto
2 colheres (sopa) de cebola micropicadinha
1 colher (sopa) de salsinha micropicadinha
sal a gosto
4 ovos inteiros + 1 clara
1 xícara (chá) de queijo Brie cortado em cubinhos
1/2 xícara (chá) de queijo Minas padrão (meia cura) ralado grosso
manteiga e farinha de rosca para untar o refratário
Como fiz
Levei a manteiga ao fogo baixo (em uma panela de fundo grosso) e deixei derreter levemente. Juntei a cebola (a maioria das receitas de soufflé não usam cebola, euzinha uso e gosto) e dourei-a levemente. Hora de colocar a farinha e deixá-la douradinha (mexi bastante no fogo baixo para que ela cozinhasse e não ficasse aquele gosto de farinha crua no "precioso" quitute). Retirei do fogo e juntei o leite, misturei bem com um fouet (nessa hora crucial ele é TUDO!), voltei a panela ao fogo, sempre em fogo baixo, mexendo vigorosamente com o fouet até engrossar. Deve ficar homogêneo e sem grumos. Desliguei o fogo e deixei esfriar um pouco.
Enquanto isso, separei as claras das gemas. Depois de separadas, passei as gemas (quatro) por uma peneira (sem apertar) para tirar aquele cheiro cruzcredodeovo e bati as claras em neve (foram quatro mais uma)
Juntei as gemas (uma a uma) no creme reservado e fui incorporando bem, depois um pouco de noz moscada (muito pouco, só um toque!), coloquei os queijos (por isso o creme deve estar frio, nada de derreter o queijo antes da hora...) e a salsinha, corrigi o sal e finalmente....fui para a incorporação das claras em neve ao creme que na verdade é a incorporação do creme às claras.
O negócio é ir incorporando o creme em pequenas porções às claras em neve...lentamente...delicadamente..em movimentos de dentro para fora...até terminar o creme. Dá trabalho? Dá...mas quem quer moleza não se meta à fazer essa iguaria.
Depois coloquei o "precioso" no refratário (deve ser alto e redondo) já untado com manteiga e polvilhado com farinha de rosca, deixei o creme cair no recipiente, nada de "ajeitar" com a colher (isso comprime os espaços vazios do creme e compromete o crescimento e textura do "temperamental"). Levei ao forno pré-aquecido (180ºC)..e não abri a porta para bisbilhotar. O negócio é ir acompanhando de longe, respeitando o "cerimonial" exigido até que o soufflé esteja alto e douradinho.
Depois disso é ...correria...tirar do forno e comer rapidinho antes que murche. Afinal o soufflé é apenas um "sopro", né não?
Por mais rápido que se tente registrar, o bichinho já tinha "abaixado" um pouco, mas olha só que textura! Huuummm!!!! Imagem: Felipe A. |
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