domingo, 29 de julho de 2012

Conchiglionne de ricota e abobrinha ou Felipe entrou na cozinha

Pronto para ir ao forno e levar aquela "sapecada"
Imagem: Felipe A.
Essa obra aí não é minha não,viu? Foi meu filho quem fez. Morar só dá nisso: aprender à se virar!
Ele anda em busca da comida light perfeita...rárárá...recheio super leve - abobrinha e ricota - e cobertura engordiet. Esse deve ser o prato mais elaborado do seu cardápio.
De resto é um tal de macarrão prá lá e prá cá...sempre junto com alguma coisa que ele supõe saudável. 
Mas enfim, está passando a fase do bacon, calabresa, quatro queijos e por aí vai. Dos sanduíches super recheados e tortas idem, dos sorvetes com tudo dentro e mais um pouco. Filhinho está aprendendo a se conter. E digo: um dia ele chega lá!

Ingredientes

Para o recheio da massa

conchiglionnes suficientes para um refratário médio (no caso foram 20)
200 g de ricota
2 abobrinhas (apenas a casca ralada)
1 colher (sopa) azeite
2 colheres (sopa) requeijão
1/4 xícara (chá) cebola picadinha
cheiro verde picadinho (opcional)

Para o molho branco

1 colher (sopa) manteiga
2 colheres (sopa) generosas de farinha de trigo
600 ml de leite
2 colheres (sopa) de creme de leite fresco
noz moscada (um pouquinho e ralada na hora)
sal a gosto

E mais..

1 xícara (chá) queijo parmesão ralado
azeite para finalizar
Tá bonito ou não tá?
Tááááá!!!!!

Imagem: Felipe A.

Como ele fez

Vamos só falar sobre a parte da execução propriamente dita, né? Sobre a odisseia, tempo e bagunça que foi ...deixa para lá. O que valeu foi a boa vontade e o resultado final. E não é que ficou very good? 
Ele preparou o recheio primeiro. Como diria um certo programa trash: aprovado! Melhor deixar a massa por último mesmo. 
Primeiro ele ralou as abobrinhas (apenas as cascas) e amassou bem a ricota - separadamente- e as reservou. Depois dourou a cebola no azeite, juntou a abobrinha e deu uma assustada na verdinha. Retirou do fogo e acrescentou o sal, a ricota, o cheiro verde e o requeijão. Incorporou bem e reservou.
Depois veio a hora da "lição da mamis": fazer um molho branco direitinho. 
Antes disso colocou os conchigionnes para cozinhar. Já sabe, né? Muita água e um pouco de sal marinho. Colocar as conchinhas quando a água ferver e cozinhar até ficar "al dente". Não é para virar uma coisa molenga.
Enquanto as conchinhas cozinhavam ele derreteu levemente a manteiga e juntou a farinha de trigo, mexeu bem com uma colher e pau até a farinha adquirir uma linda cor douradinha. Retirou rapidamente do fogo e juntou o leite e o sal. Devolveu a mistura ao fogo baixo e começou a mexer...gente nessa etapa ter um fouet é tudo ...para não empelotar o bendito molho. Santo fouet! Mexeu até o leite espessar bem. Deixou mais uns minutos no fogo (sempre baixo) para que a farinha cozinhasse mais um pouco. É bom lembrar que aquela fase de "douração" da farinha é para cozinhá-la evitando assim que seu gosto apareça no molho e comprometa seu sabor.
Pronto! Molho espesso e bem cozidinho, hora de tirar do fogo. Nessa hora colocou a noz moscada e o creme de leite fresco. Incorporou bem.
Os conchiglionnes cozidos e um pouco mornos foram recheados com a mistura de abobrinha e ricota e depositados em um refratário levemente untado com azeite. Depois molhinho branco generosamente distribuído e os finalmente: cobriu com o parmesão e deu uma regada com azeite.
Forno para que te quero - pré-aquecido (180ºC) - até ficar desse jeitinho aí em cima.
A iguaria foi acompanhada de um medalhão de carne moída feito por essa que vos relata a saga...mas essa receita é outra história, esse era "uma vez" ainda vai chegar por aqui.
Foto e execução: Felipe A.

Batata estrogonofe ou não ficou bonita, mas ficou goxxxtosa!

Aí o filho está de férias e você não ....então você propõe com todo AMÔ  comer no quilo honesto onde sempre come quando está "alone". E tem a resposta que não é bem a desejada: mãe, não aguento mais comer em restaurante...rárárá. Tá" Ele não se negou (é um querido...) mas a velha "culpa" de mãe atarefada deu o ar da graça. Que fazer? Optar por pratos únicos, que tenham as gororobas amadas dessa nova geração. Acho que dá para perceber que gosto de comidinhas "limpas" ou seja sem muito "aditivo" para "turbinar" ou na realidade "mascarar" o sabor e deixar tudo sempre com o mesmo gosto de maionese, ketchup e etc. Aqui não violão! Penso que o grande luxo dos tempos atuais é a comida honesta, com ingredientes estalando de frescos, de preferência cultivados sem agrotóxicos o que sei, por minha profissão, ser realmente um luxo! Pois produzir comida para milhões, à baixo custo e sem recorrer aos controles químicos ainda não é possível. Por isso o preço dos orgânicos são mais elevados! 
Tudo isso para explicar que recorri ao "estrogonofe" dos quilos e botequinhos do Brasil coberto por um purê de batata. O acompanhamento foi o arroz branquinho e soltinho com uma saladinha de verdes fresquíssimos!
Agora...nós vamos invadir sua praia!
Grito de guerra do estrogonofe/picadinho ao invadir  o espaço  do purê  de batata

Imagem: Felipe A.

Ingredientes

Para o "estrogonofe"

1/2 kg de filé mignon ou outra carne bem macia cortada em tiras finas
2 tomates sem pele e sem sementes picadinhos (bem maduros)
1/2 cebola média picadinha (usei a roxa)
1 colher (sopa) manteiga
1/2 colher (sopa) azeite
sal a gosto
1/2 colher (sopa) mostarda
1 colher (sopa) bem generosa de ketchup
3 colheres (sopa) de creme de leite de caixinha

Para o purê
3 batatas inglesas grandes
1 colher (sopa) de manteiga
1/2 xícara (chá) de leite
sal a gosto
queijo parmesão a gosto



Como fiz

O estrogonofe bem popular é daquele jeito, né? Refoguei as tiras de carne rapidamente no azeite e na manteiga, juntei então a cebola e deixei dourar mais um pouquinho. Acrescentei os tomates, a mostarda, o ketchup e o sal. Adicionei 1 xícara (chá) de água quente e deixei "apurar" em fogo baixo. Depois de bem encorpado, corrigi o sal, retirei do fogo e juntei o creme de leite.
Enquanto a carninha ficava no fogo fui adiantando o purê que também foi daquele jeito... Cozinhei as batatas (descascadas) com um pouco de sal. Quando ficaram macias retirei do fogo, escorri a água e passei pelo espremedor. Derreti a manteiga levemente em chama baixa, juntei a batata já espremida e o leite, incorporei bem, retirei do fogo e reservei. 


Montagem..oioioi...e isso lá foi uma montagem de prato? Mas então,tá!


Forrei um refratário com o estrogonofe (não coloquei cogumelos, nem molho inglês, nem flambei...na verdade fiz um picadinho..rsrsrs) e por cima dele espalhei o purê. Sobre o purê polvilhei o parmesão ralado grosso e na hora. Finalizei com uma regada de azeite e levei ao forno apenas para dar uma douradinha esperta no queijinho. 
E...o picadinho invadiu o purê e acabou com o visual do prato. Mas ficou gostosinho e foi devidamente consumido no cafofo.

domingo, 22 de julho de 2012

Rosca de linguiça do Edu Guedes ou onde os fracos não têm vez...


 Então, última noite de meu filho em casa antes de retornar às aulas, resolvi fazer uma coisa que ele adora: pão recheado com tudo o que há de mais proibitivo para uma vida saudável.
O "meu garoto" tem se esforçado tanto para manter uma boa alimentação (segundo ele, não sei se consegue mesmo..rsrsrs..) que merece essa gostosura nada politicamente correta e que vem deliciosamente carregada daquele pecadinho capital: gula.
Sim, pois o cheirinho da tentação (valei-me meu São Jorge!) assando, sua cor especialmente pecaminosa e sobretudo seu sabor de coisa proibida e por isso mesmo mesmo deliciosa é uma verdadeira prova de resistência para qualquer pessoa que possua olhos, olfato e paladar em pleno funcionamento. E que adore recheios com linguiças e queijos, o que não é o meu caso, portanto quem sofreu a provação foi mesmo o filhote.
O recheio parece ter sido criado apenas para os "fortes"...pois como já diz o título do post: aqui os fracos  de garfo não vão ter vez!

A receitinha é do Edu Guedes e as medidas que estão aí embaixo são para apenas meia receita, querendo fazer duas roscas...dobrar as medidas.
Recheio "onde os fracos não têm vez..."
Imagens: Felipe A.


Ingredientes

Massa

1/2 kg de farinha de trigo peneirada
25 g de fermento biológico fresco
1/2 colher (chá) de açúcar
150 ml de água filtrada morna 
1/2 colher (sopa) de sal 

Recheio

1 gomo de linguiça calabresa defumada
2 colheres (sopa) de azeite
100 g de queijo prato 
2 tomates maduros sem pele e sem sementes
1/2 cebola picadinha
orégano a gosto
1/4 xícara (chá) de salsinha e cebolinha verde picadinhas

Mais

1 gema de ovo peneirada
1 colher (sopa) de azeite
1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado grosso

Como fiz

Em uma tigela misturei o fermento com o açúcar até que ficou uma pastinha bem homogênea. Juntei então metade da água (100 ml) que estava apenas morninha (quente demais inibe o efeito do fermento) e 1/2 xícara  (chá) da farinha de trigo, misturei bem e deixei repousar por 15 minutos. Depois desse tempo juntei o resto da farinha e o sal. Fui acrescentando o restante da água morna aos poucos, incorporando bem à cada acréscimo de farinha, até que obtive um massa lisa, macia e que desprendia das mãos.
Sovei bem a massa, mas sovei com gosto, por uns bons minutos. Depois cobri com um pano levemente umedecido e deixei descansar até dobrar de volume - levou uns 35 minutos. Costumo nessa etapa colocar a massa  dentro do forno (desligado, né curica?) pois acho que corrente de ar dentro dele não entra nem com forças sobrenaturais.

Enquanto a massa cresce....

Vamos fazer o recheio!! 

Fatiei a linguiça e a dourei no azeite. Depois adicionei a cebola e também dei uma leve douradinha, juntei os tomates e deixei um pouco no fogo (faço isso para que a água que se solta do tomate evapore e não compromete a qualidade da massa durante o processo de assamento). Depois disso, retirei do fogo e reservei . Depois de frio adicionei o queijo prato já cortado em quadrados, o cheiro verde e o orégano. Nessa hora a gente pode colocar mais alguma coisa, azeitonas por exemplo. Vai do gosto. 

Voltando à vaca fria (massa)...

Depois da massa ter dobrado de volume voltei a sová-la mais uns 5 minutos. Abri a massa com um rolo formando um retângulo (devo admitir que foi "quase" um retângulo). Espalhei o recheio sobre ela e a enrolei como um rocambole. Apertei bem a emenda e as pontas. Depois uni as extremidades e coloquei  a rosca em uma forma com furo no meio (25 cm de diâmetro). Mesmo sendo antiaderente eu dei uma leve pincelada com azeite para garantir (seguro morreu de velho, né não?).
Cobri novamente com o pano úmido e deixei crescer por mais 30 minutos. Depois desse tempo pincelei a rosca com a gema misturada ao azeite e cobri generosamente com o queijo parmesão ralado. Levei ao forno que já estava pré-aquecido (180°C) por aproximadamente 40 minutos, mas esse tempo vai variar conforme o forno. O importante é estar douradinho e soltar um som "oco" quando levar umas batidinhas por cima. 

Atenção menina!
Na receita do Edu o parmesão faz parte do recheio, mas como optei por queijo prato, que já tem sabor acentuado, preferi utilizá-lo na cobertura da rosca. Ele também só pincela com azeite, o acréscimo da gema ficou por minha conta. Afinal quem é que manda nesse cafofo?

sábado, 21 de julho de 2012

Pão de queijo, agora com mix de polvilho


Olha eles aí...
Imagem: Felipe A.
Sempre que faço pão de queijo, utilizo uma receita de Luzinete Veiga que vi no antigo "Note e Anote", esta receita já foi postada aqui no Comidinha: http://comidinhadecasa.blogspot.com.br/2010/07/pao-de-queijo.html. Acho o sabor delicioso e na receita é utilizado o polvilho doce.
Acontece que a gente ouve daqui e dali que o polvilho azedo dá "crescimento" ao pão de queijo, tornando-o mais aerado por dentro e que o polvilho doce fica mais um "puxa-puxa", ou seja, bem cremoso, mas sem muito crescimento. Experimentei a receita só com polvilho azedo, realmente fica mais bonito e aerado, mas para meu paladar com sabor um tanto ácido (pode ter sido a qualidade do polvilho, né?). 
Continuei lendo aqui e ali, e percebi que muitos afirmam que o bom mesmo é misturar ambos os polvilhos. Então peguei um pouquinho de cada "palpite" (e vocês não sabem quantas receitas de pão de queijo são apresentados como  a "the best"...mas como já afirmei aqui: o bom da vida é que existem muitas variações excelentes de um mesmo quitute!) e aconteceu essa receita que produziu um pão de queijo muito saboroso, por sinal. Na próxima vez modificarei a proporção dos polvilhos, penso em utilizar o polvilho doce em 2/3 da quantidade total, restando 1/3 de polvilho azedo. Talvez essa seja "a batida perfeita" para o "meu" pão de queijo e quem sabe eu possa também poder afirmar: "eis a melhor receita de pão de queijo...".
Mas a que segue abaixo é de fato deliciosa, mas claro que certos fatores alteram o resultado: a qualidade do polvilho e do queijo é fator crucial para um bom resultado.

Ingredientes

2 ovos grandes ou 3 pequenos
2 copos (requeijão) de polvilho doce
2 copos (requeijão) de polvilho azedo
300 ml de leite integral 
2/3 copo (requeijão) de óleo de milho, girassol ou canola
1 colher (sobremesa) de sal - atenção se o queijo for muito salgado, reduzir quantidade 
4 copos (requeijão) de queijo minas curado


Como fiz

Primeiro ralei o queijo (na parte grossa do ralador) e medi os quatro copos.Reservei. 
Depois peneirei os polvilhos em uma mesma tigela (grande, pois foi onde manuseei a massa) também misturei levemente os ovos (eram grandes, então usei apenas dois).
Coloquei o leite com o sal e o óleo e levei ao fogo. Esperei levantar fervura e desliguei. Adicionei assim...quase fervendo ao mix de polvilho reservado. Cuidado para não queimar as mãos, nem todo "amô" do mundo compensa, tá?
Nessa etapa misturei com uma colher grande de pau..rapidamente, fica como uma goma. Esperei amornar e adicionei os ovos, parece que eles não vão se incorporar à massa, mas vão sim, pois eu, vocês, nós e o resto do mundo temos uma paciência de Jó para ficar amassando e amassando até ficar uma massa bem amarelinha. Ou "cês" acham que é fácil abrir as portas do céu? Pode acreditar que fazer pão de queijo soma uns pontinhos positivos no teu caderninho que está lá.
Depois juntei o queijo, copo a copo, incorporando bem o gostosinho antes de outro copo, nesse ritmo até acabar o queijo. Pronto! Agora mais pontinhos positivos no caderninho celestial: sovei a massa mais um tanto! Dizem ser essa etapa o pulo do gato para um bom pão de queijo, sovei até que a massa adquirisse um certo brilho.
Fiz as bolinhas (pode dar uma untadinha com óleo na mão, se a massa ficar um pouco pegajosa) e coloquei em assadeira, não untada, com uma certa distância um do outro.Pois eles crescem.
O forno já estava pré-aquecido, comecei com 180°C  e quando os pães de queijo já tinham crescido mas ainda não estavam dourados aumentei para 220°C. Depois de bem douradinhos retirei do forno e eles foram à degola. 
A hora de retirar do forno vai do gosto: uns gostam mais dourados outros menos. Em casa "a cor do pecado" é a preferida. O importante é pegar um,abrir e verificar se está bem assadinho por dentro.

E agora vamos para o recado sem noção...escandaloso sem necessidade



A medida do copo de requeijão: 200 g

Para matar as saudades de Mariana...




Quem tem mais saudades?
Mariana de mim ou eu de Mariana?
Fico aqui, em minha caminha totalmente revirada
Esperando que o interfone toque
E que seja Mariana, minha amiguinha
por mim muito amada!

domingo, 15 de julho de 2012

Sopa creme de mandioquinha para um inverno que finalmente dá as caras

Um bom vinho merece minha deliciosa companhia...
Imagem: Felipe A.
Aqui no nosso Sul o frio finalmente dá as caras...esse ano o verão foi muito longo, quase interminável e mais quente que o normal e o inverno tem alternados dias um pouco mais quentinhos com dias frios. Mas nem chega aos pés do inverno passado pois nessa época do ano a gente praticamente congelava. Mais frio ou menos frio, não importa, o que queremos mesmo é um pretexto para saborear umas sopinhas nesse Brasil tão quente. 
Dessa vez a escolhida para fazer as honras ao frio ocasional foi a mandioquinha (batata salsa ou baroa, batata fiúza e etc...) que para mim é uma das maiores delícias brasileiras.

Ingredientes

6 mandioquinhas "robustas"
1 cubo de caldo de legumes 
1/2 xícara (chá)  de bacon picadinho
1 e 1/2 l de água
1/2 xícara (chá) de creme de leite frasco (nata)
1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de azeite
sal a gosto
2 dentes de alho amassadinhos
1/2 xícara (chá) de cebola micropicadinha
salsinha e cebolinhas verdes picadinha a gosto
cubos de queijo branco (aproximadamente 1 xícara de chá)

Como fiz

Primeiro cozinhei as mandioquinhas com o cubo de caldo de legumes (sim..de vez em quando a gente precisa lançar mão da coisa, né? Prefiro o líquido mas estava em falta no cafofo...acho um pouco melhor) até que as mesmas ficassem quase no derretimento.Retirei do fogo e reservei. Depois de morno bati no liquidificador até ficar uma mistura bem lisinha.
Em outra panela fritei o bacon no azeite acrescentando depois o alho e a cebola, dei aquela douradinha. Juntei o creme de mandioquinha e o sal (cuidado, o caldo de legumes já tem sal..coloque pouco e corrija -se necessário - nos finalmente). Depois disso entra o gosto ou a sabedoria da cozinheira, se achar que o creme está muito espesso junte mais um pouco de água quente para que essa mistura possa ficar uns 10 minutos em fogo baixo, incorporando os sabores dos temperos.
Quando atingiu a consistência desejada desliguei o fogo e adicionei a manteiga, o creme de leite fresco e o  cheiro verde picadinho incorporando bem à sopa. Não foi necessário corrigir o sal.
Coloquei o creme super "quentepelando" nos pratos e finalizei com alguns cubos de queijo branco, que se derreteram deliciosamente no creme.
Reservei um pouco de bacon e de cheiro verde para fazer uma graça junto ao creminho que também foi deliciosamente escoltado por torradinhas de pão italiano com azeite e orégano.

A cor, o cheirinho e o sabor de nossa mandioquinha são especiais...
Imagem: Felipe A.

Retrato ou um presente contempla o outro

Dizem que flor é presente perecível, eu acho que não....
Imagem: Felipe A.

Memória
....
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
 Carlos Drummond de Andrade 

Pois as coisas lindas, muito mais que as findas, essas ficarão...
Imagem: Felipe A.

sábado, 14 de julho de 2012

Bolo de carne moída com cobertura de abobrinha

Um "close" na cobertura já assadinha...
Imagem: Felipe A.
A verdade é que não sei que nome dar à esse prato, digamos "híbrido".  Precisava de algo rápido,nada trabalhoso e que levasse também um "verdinho" na composição...Comida para um almoço básico com meu filhote...que estava de férias, mas eu não. Comida de 40 minutos.
Faz tempo vi em um blog mas por achar a receita prática acabei não anotando e pior isso não lembro o nome uma receita de torta de liquidificador com uma cobertura que imaginei deliciosa. Lembrei dela na hora de elaborar o tal almoço rápido e substitui a massa original por uma base de carne moída. Ficou uma refeição completa que pode ou não ser acompanhada de um arroz branquinho e soltinho (no caso foi) e/ou de uma saladete de verdes estalando de frescos (no caso foi...também!).

Ingredientes

Para a base de carne moída

300 g de carne moída (no caso foi patinho)
1 colher (sopa) de mostarda (usei Heinz amarela)
pimenta do reino a gosto (moída na hora)
1 cebola média picadinha
salsinha e cebolinha picadinhas a gosto
1 ovo batido levemente
2 dentes de alho picadinhos
2 colheres (sopa) de azeite
sal a gosto
1 colher (chá) de azeite balsâmico
1/2 xícara (chá) de bacon picadinho
2 colheres (sopa) de farinha de rosca (deve ser bem fresca)

Para a cobertura

1 abobrinha verdinha (usei a caipira, mas pode ser a italiana) ralada
1/2 cebola roxa cortada em tiras
1 tomate sem pele e sem sementes cortado em tiras
2 dentes de alho picadinhos
2 colheres generosas (sopa) de azeite
sal a gosto
pimenta do reino a gosto (opcional)
azeite para regar

Como fiz

Base de Carne

Primeiro dourei o alho no azeite e deixei esfriar para então adicionar à carne. Juntei os outros temperos: cebola, sal, mostarda, pimenta do reino, cheiro verde e o vinagre balsâmico. Deixei essa mistura pegar um gostinho (tinha pouco tempo, mas quanto maior o tempo de descanso, melhor será o sabor) e depois juntei o bacon picadinho e o ovo levemente batido.Misturei muito bem. Adicionei a farinha de rosca, incorporando bem, mas não excessivamente (amassar muito essa mistura poderá comprometer a suculência da carne). Untei um refratário com azeite e espalhei essa "massa" de forma uniforme para receber a cobertura.

Cobertura

Ralei a abobrinha (apenas a casca) e incorporei o tomate, a cebola, o cheiro verde, o alho (que também foi dourado no azeite), a pimenta e o sal. Misturei bem e espalhei sobre a base de carne. Dei uma generosa regada com azeite e levei ao forno.
Pode-se também colocar um pouco de parmesão em lâminas e só depois regar com o azeite. Dessa vez eu dispensei e fiz o mesmo com azeitonas pretas que ficariam maravilhosas não fosse meu filho nada apreciador dessa delícia.
Levei ao forno pré-aquecido por 25 minutos aproximadamente. Enquanto isso fiz o arrozinho e a saladinha para acompanhar.
Ficou óteeemooo!
Já prontinho para ser consumido....
Imagem: Felipe A.
Uma visão assim..."olho no olho".
Imagem: Felipe  A.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Filé à milanesa de roupa nova

Visão da tentação boicotadora da boa forma...ai..ai..
Imagem: Felipe A.

Dei de cara (ou de zóio?) com uma matéria sobre a releitura de pratos triviais brasileiros por chefs renomados. O único que me atraiu foi o do premiado Alex Atala com sua revisão do tradicional filé à milanesa, amado por 10 entre 10 brasileiros (suponho, né?).
Na versão do chef a tradicional farinha de pão (rosca), normalmente elaborada à partir do pão francês torrado, é substituída pela farinha de pão de milho. A receita também leva alecrim que não encontrei e substitui por manjericão.
O prato deve ter ficado com o sabor totalmente diferente do feito pelo chef, pois diferenças devem haver entre o sabor do pão de milho utilizado por ele e pelo que foi por mim, afinal cada pão é um pão, né mesmo? Pode ser mais adocicado, mais denso e por aí vai. Com certeza o manjericão tem sabor muiiittoo diferente do alecrim, mas quem não tem cão caça como gato (dizem que o provérbio verdadeiro é esse!). Também não usei coxão mole e sim miolo de alcatra. Tava mais macio, bebê!
Achei o resultado saboroso, para quem não se importa de um leve adocicado na comida salgada. O manjericão deu cheirinho e sabor todo especial. Sei não se não próxima vez, mesmo havendo alecrim, vou mudar de erva aromática. Acho que não!

Ingredientes

1/2 kg de miolo de alcatra cortado em bifes finos
75 g de farinha de trigo (usei o suficiente para empanar os bifes)
125 ml de leite integral 
125 mil de óleo de milho
1 ovo
100 g de farinha de rosca (pão de milho)
1 ramo de manjericão (receita pede alecrim)
sal a gosto
pimenta do reino a gosto

Como fiz


Primeiro fiz a farinha de rosca, retirei a casca do pão de  milho (já veio fatiado), cortei em quadradinhos e levei ao forno até virar um torradinha (dourada, nada de coisa queimada, tá?). Retirei do forno,esperei esfriar e passei no multiprocessador até virar uma farinha não muito fina. Depois temperei os bifes com sal e pimenta e os passei na farinha de trigo,dei batidinhas para retirar o excesso da dita cuja. Antes tinha misturado o ovo e duas folhas de manjericão rasgadinhas com o leite que foi temperado com sal e mais um "teco" de pimenta. Passei então na farinha de rosca/milho, apertando bem para não deixar nenhum espaço para o óleo entrar durante o processo de fritura e estragar a belezura. Coloquei algumas folhas de manjericão no óleo ainda frio e retirei depois que o mesmo ficou bem quente...deu  aquele "up" na guloseima. No óleo bem aquecido fritei os bifes até ficarem douradinhos. Coloquei em guardanapo de papel para retirar o excesso do óleo. 
Servi com espaguete com brócolis e fatias de limão. 

So good, so good!

Muito gostoso!!!! Muito pecaminoso!!!!!
Imagem: Felipe A.
Observações "pertinentes"
 *O chef recomenda colocar a erva aromática, no caso alecrim, no leite. Eu preferi incorporar a "substituta" no ovo batido. Quem não gosta de presença tão visível deve fazer como o chef sugere.
* Muito cuidado com o tempo de fritura, como essa farinha é mais dourada que a do pão francês, é daqui para ali para o bife perder o aspecto dourado e ficar de uma cor marrom feiosa.

domingo, 1 de julho de 2012

Bolachinha de Casa

Tem umas coisas que nunca faltam no cafofo: muçarela, tomatinho, cebola, azeite, óregano e bolacha cream cracker. Se chegar uma visita inesperada com o cafofo desprovido de alguma delicinha mais elaborada e se a visita for rápida, vapt-vupt...bolachinha nela!
E todo mundo gosta! E um pacote de bolacha é pouco, não sobra nem farelo...

Então vamos receitar!

Ingredientes

1 pacote de bolacha cream cracker (eu uso Tostines..recomendo fazer com uma marca de qualidade ou ficará esfarinhenta (hã...?)
3 tomates sem sementes (não retiro a pele nesse caso) cortados em cubinhos
1/4 xícara (chá) de cebola micropicadinha
óregano a gosto
azeite a gosto
sal a gosto
Aproximadamente 200 g de muçarela (aí vai da fartura ou da "mão de vaca" da cozinheira)

Como faço.

Primeiro faço uma misturinha com os tomates, a cebola, o sal (pouco!) e o azeite. Deixo marinar um pouco (vai soltar uma aguinha que deve ser desprezada para a bolacha não virar uma "papa").
Disponho as bolachas em um assadeira e coloco uma colher de chá da "saladinha", sobre ela vai a muçarela cortada em quadradinhos, costumo colocar duas sobre cada bolacha. As primeiras ficam uma beleza e as últimas uma "pobreza"....Salpico orégano e um fio de azeite. Forno pré-aquecido e ... "olho no lance" que o jogo é muito rápido...se passar do ponto o nosso queijinho fica "crocante em excesso".
Um suquinho, um chá gelado com limão ou até o "demôniodurefrigerante" acompanham super bem.
Se quiser pode incrementar com presunto, peperoni, azeitoninha e etc...mas eu prefiro assim. Nesse caso menos é mais.
A quantidade é essa e dá para umas quatro pessoas gulosinhas...Acreditem..é quase uma pipoca..a gente vai pegando e comendo ...pegando e comendo. Conforme o número de pessoas dobre, triplique (e por aí vai)...a "receita".
Quentinhas e deliciosas...tradição da nossa casinha!
Imagem: Felipe A.