domingo, 9 de dezembro de 2012

Carne louca..Loca..Loca..

Imagem: ciderspace.co.uk


Yo soy loca con mi tigre
Loca, loca, loca
Soy loca con mi tigre
Loca, loca, loca
Soy loca con mi tigre
(Loca, loca, loca)
Soy loca con mi tigre
(Loca, loca, loca)

(Shakira)
Tradição paulista? Só sei que lembro de "Sumpaulo" quando faço essa delícia....
Imagem: Mariana A.

Ingredientes

1 kg  de carne em posta (uso lagarto, aqui no Paraná conhecida como "posta branca")
2 dentes de alho amassadinhos
2 folhas de louro
1 colher (sopa) de mostarda
sal 
pimenta do reino (opcional) 
1/2 xícara mais 2 colheres (sopa) de azeite
3 colheres (sopa) vinagre de boa qualidade
2 cebolas (médias) cortadas em fatias não muito finas
2 tomates sem pele e sem sementes fatiados
1/2 pimentão verde fatiado
1/2 pimentão vermelho fatiado
1/ 2 xícara (chá) de salsinha e cebolinha verdes picadinha
1/2 xícara (chá) de azeitonas pretas fatiadas

Como fiz

Primeiro limpei a peça de carne retirando todas as gordurinhas - essa carne deve estar
 muito limpa - e deixei por algumas horas em um tempero feito com o alho, o louro e a mostarda. 
Depois disso aqueci ( em panela de pressão) as duas colheres (sopa) de azeite e selei a carne 
até que a mesma ficasse dourada, juntei então 1 litro de água quente  e fechei a panela. 
Deixei por aproximadamente 15 minutos após a panela começar a chiar...Desliguei o fogo, 
deixei que a pressão se extinguisse e verifiquei se a carne já estava macia...numtava...
bora colocar um pouco mais de água e voltar para a pressão. Mais uns dez minutos e a carne 
estava no ponto. É importante lembrar que se a carne for fatiada como nesse caso e
 não desfiada, ela deve ficar macia mas não se desmanchando, para que as fatias possam 
ser cortadas bem finas mas não "desintegradas". Feito isso esperei a carne esfriar, 
envolvi-a em filme plástico e levei à geladeira (deixei passar a noite nesse processo ou seja: 
de um dia para o outro).
Após essa etapa fiz o molho: dourei a cebola na 1/2 xícara de azeite e depois acrescentei 
os pimentões (deixei que fritassem um pouco até que exalassem seu cheirinho que eu acho delicioso)
 só então coloquei o  tomate, o vinagre e o sal. Deixei em fogo bem baixo até o tomate 
começar à se desmanchar. Desliguei o fogo e juntei as azeitonas e o cheiro verde.
Finalização: Retirei a carne da geladeira e fatiei-a os mais fino possível. Em um recipiente 
alternei camadas de carne e de molho, começando a primeira camada pela carne. Feito isso
 passei filme plástico no recipiente e retornei com o quitute à geladeira por mais algumas horas. 
Servi com pão quentinho e suco geladinho.
Mariana adoooraaa!!!

Carne louca e pão quebradiço de tão crocante...Tentação!
Imagem: Mariana A.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Quibe assado

Imagem: dreamstime.com
Gosto muito da comida árabe, agrada ao meu paladar o uso mínimo de molhos e "otras cositas  más". Gosto da combinação de temperos, do sabor distante da canela (o tal "tempero árabe"), da coalhada, do pão, do grão de bico e da berinjela. Enfim, sou uma fã declarada dessa comida colorida, leve e saborosa. 
O quibe sempre pinta aqui no pedaço, normalmente assado para as refeições, ora recheado com o que for mais prático (queijo) ou quando o tempo deixa com um refogadinho de carne moída. Com uma saladinha e um arroz de lentilhas (oba!!) é tudo de bom. Se essa saladinha for temperada com um iogurte esperto, limão e hortelã eu dispenso até o quibe. Receita de quibe tem um monte, né? Mas nem por isso vou deixar de registrar a minha....rsrsrs.

Ingredientes

!/2 kg de carne moída (normalmente patinho e peço para moer duas vezes)
1 e 1/4 xícara (chá) de trigo para quibe
1 cebola média picada
sal a gosto
1 pitada de canela em pó
2 colheres (sopa) de limão
1 colher (café) de pimenta síria 
1/2 xícara (chá) de hortelã picada
1/2 xícara (chá) de água super gelada

Recheio

300 g de carne moída
1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de azeite
sal
pimenta síria (manera aí, que já tem pimenta na massa)
1 cebola média picadinha
sal a gosto
1/ 4 xícara (chá) de nozes ou pinholes
azeite para finalizar
  

Como fiz

Primeiro deixei o trigo de molho em água fria (uns 20 minutos) depois escorri, sempre apertando bem  o trigo para que ficasse bem seco (ele fica soltinho). Depois juntei esse trigo à carne e fui acrescentando os outros ingredientes alternando com a água gelada. Em um refratário coloquei metade dessa massa. Reservei a outra parte.
Recheio: Dourei a cebola no azeite e na manteiga, juntei a carne moída e mexi bem para ficar soltinha. Juntei o sal e a pimenta síria. Devem ser usados com moderação. Quando a carne estava bem sequinha retirei do forno e juntei as nozes picadas (não tinha os pinholes, que são pequenos e não precisam ser picados e também são bem caros...ou seja, é só para de vez em quando, né?).
Espalhei o recheio sobre a massa e o cobri com a outra metade reservada. Tracei uns quadrados com a ponta da faca para dar um charme e reguei com azeite. Depois foi para o forno pré-aquecido (180ºC) até ficar douradinho. Cuidado para não passar do ponto e deixar essa iguaria "das arábias" ressecada. 

Foi assim!
Xiii....essa foto não ficou à altura do meu sabor!

E o Natal está chegando...Imagine só!

Imagem: iheartnancyandbetty
Pois é, parece que o tempo ficou uma coisa difícil de dominar. São tantas informações em tempo real, é tanta tecnologia que a gente não se desliga nunca. Isso somado às responsabilidades do dia a dia com o trabalho, a família e tudo o mais que aparece. E de repente...já é Natal!
Outra correria: enfeitar a casa, pensar nos presentes, na Ceia, se vamos ou não viajar, no amigo secreto...nas pessoas que nos servem  durante o ano e para as quais devemos destinar um mimo. E nessa sofreguidão esquecemos que o Natal é uma data religiosa, familiar e que deveria ser consagrada à meditação, ao agradecimento, à união e à celebração de quem nos ensinou as leis do Amor e da Tolerância.
Hoje, no tempo do politicamente correto...em que querem nos ensinar como devemos pensar, comportar, sorrir, vestir e etc..etc... nos esquecemos que o maior ensinamento de tolerância, de respeito às diferenças (cor, sexo, religião, raça, posição social) já 
nos foi dado de uma forma simples, resumida e ao mesmo tempo tão abrangente:

"Amai ao próximo com a si mesmo"

Pois não nos perdoamos diariamente? Nossas falhas, nossas repetições de erros (Ooops! I did it again!), nossas pequenas mesquinharias , nossos preconceitos camufladinhos? Somos tão tolerantes com nossas pessoinhas, né?
Nos amamos tanto que a tudo nos perdoamos. Mas quando estendemos esse amor ou parte dele ao próximo, não estaremos exercendo a tolerância, a aceitação e a flexibilidade?
Esse ensinamento cristão resume em poucas palavras todos os discursos que ouvimos, que lemos e que nos enfiam goela abaixo.
Celebremos portanto a chegada do Natal lembrando Daquele que colocou o amor como bússola para todos que Nele acreditam!

domingo, 25 de novembro de 2012

Torta de frango predileta da Mariana

Que belezura!
Imagem: Mariana A.
Já fiz e continuo fazendo tortas salgadas com as mais diversas massas. No entanto duas receitas são recorrentes: uma que já postei aqui e essa que é a preferida de minha filha por ficar menos "podre" e mais sequinha. É uma receita que peguei em programa da Ofélia ( dado revelador de idade!!), na verdade fui fazer pela primeira vez na faculdade para impressionar o namorado. Diferente das outras massas de torta leva leite e uma pitada de noz moscada, mas não é de batedeira nem de liquidificador. O resultado é muito bom, desde que não se exceda na quantidade de farinha de trigo. O ponto vai depender do tamanho dos ovos e da qualidade da farinha. O recheio pode ser de legumes, palmito, frango, camarão, bacalhau enfim o que mandar a vontade. Dessa vez foi de frango pois já tinham pintado no pedaço um risotto de camarão e um molho com palmitos, que são os recheios preferidos do cafofo.

Ingredientes

Massa

180 g de manteiga 
1 ovo mais 2 gemas
noz moscada a gosto (tome tento e modere na dose)
4 xícaras (chá) de farinha de trigo (aproximadamente)
1 copo (requeijão) de leite
1 colher (café) sal 
1 colher (sobremesa) de fermento em pó químico 
gema com um pouco de azeite para pincelar

Recheio

3 xícaras (chá) de peito de frango cozido e desfiado (explico djá!)
3 colheres (sopa) de azeite
1 cebola média picadinha
sal a gosto
pimenta do reino a gosto (opcional)
1 pitada de páprica doce (opcional)
azeitonas pretas picadas
cebolinha e salsinha picadinhas
2 tomates grandes e maduros sem pele e sem sementes
1 caixinha de requeijão  Catupiry®  (melhor o "vero", mas se não tiver, usar um similar de boa qualidade)
                                                   
Como fiz

Antes do preparo propriamente dito, limpei os filés de peito de frango, deixei-os por um tempo em uma mistura de água com suco de limão. Depois disso, lavei-os e os coloquei na panela de pressão com água suficiente para cobri-los. Coloquei dois dentes de alho descascados inteiros, duas folhas de louro, sal e a pimenta do reino e deixei na pressão por uns 20 minutos. Eu acho que fica mais fácil de desfiar quando a carne é cozida dessa forma. Depois desse tempo, retirei a carne do caldo (que foi coado para ser utilizado na preparação do recheio), deixei amornar um pouco e desfiei. Reservei.
Como fiz a massa: coloquei a manteiga em um recipiente espaçoso o suficiente para manusear a massa, depois acrescentei na sequência o ovo mais as duas gemas, o leite, o sal, a páprica doce, um tanto moderado de noz moscada ralada na hora e o fermento. Não se assuste, o fermento vai dar uma "espumada" legal na mistura. Aos poucos fui acrescentando a farinha de trigo. É sempre bom lembrar que a incorporação da farinha deve ser com as pontas dos dedos, sem colocar força nessa operação, até que se forme uma massa lisa e que se solte das mãos. É hora então de parar! Massa de torta não é para ser sovada, e sim "incorporada" delicada e pacientemente. 
Após atingir o ponto desejado envolvi a massa em filme plástico e levei à geladeira por 30 minutos.
Enquanto a massa descansava na geladeira preparei o recheio. 
Cuma??
Dourei a cebola no azeite e juntei os tomates. Coloquei um pouco do caldo de frango reservado e deixei em fogo baixo até os tomates quase se dissolverem. Juntei o frango desfiado e a páprica. Juntei mais um pouquinho do caldo. Não coloquei sal nessa etapa pois o caldo já o continha. Deixei em fogo brando até quase secar. Nessa etapa corrigi o sal. Desliguei o fogo e só então acrescentei as azeitonas picadas (tenho certo medo da azeitona preta deixar seu gosto em tudo quando é cozida junto com outros ingredientes...) e o cheiro verde picadinho.
Deixei o recheio esfriar - o recheio nunca deve ser colocado quente sobre a massa crua, pois vai cozinhá-la, o que vai resultar naquela coisa transparente e embatumada.
Enquanto o recheio esfriava untei uma forma de aro removível para torta com manteiga e polvilhei com farinha de trigo. Forrei a centro e as laterais da forma com a massa, tendo o cuidado de não deixar a espessura nem muito grossa nem muito fina (nada pior que torta que é só massa ou tão fina que se rompa facilmente). Espalhei o Catupiry®   sobre a massa, apenas no fundo. 
Coloquei o recheio, acertei a superfície para que ficasse bem nivelado e cobri com a massa restante.
Pincelei com a gema misturada no azeite e levei ao forno até ficar douradinha com se vê nas fotos.
Depois Mariana registrou sua massa predileta com o carinho que um leão olha sua presa, antes de
atacá-la.
E atacou!!!


Obrigada Ofélia!!!
Imagem: Mariana A.


sábado, 24 de novembro de 2012

Risotto de Camarão e Mandioquinha

Então o verão está chegando e aqui no cafofo ainda rolando um risotto? Pois é, filha é louca por camarão, se bem que chegou de umas férias em Maceió e se fartou do bichinho. Mas ela está de férias...a mamãe não, o negócio é apelar para o prato único. E como tenho deixado a bichinha à míngua, ou seja, cozinhando apenas dia sim outro não...fazer um agradinho é bom para manter a moral.
A mandioquinha estava lá, né? Dando sopa na geladeira e o camarão também. Promovi um "olho no olho', um "chega mais meu benzinho" entre os dois que resultou nesse risotto rápido, do meu jeito, cremoso ( o caldo vai enxugando enquanto comemos o que resulta em uma iguaria úmida do começo ao fim...) e com o perfume da mandioquinha misturado aos das ervas do caldo (rápido, imitação de um "vero" caldo...mas fazer o quê? A pressa é amiga da invenção). Então vamos receitar!
Azeite se juntando ao caldinho com sabor e aroma de mandioquinha e ervas
Imagem: Mariana A.

Ingredientes

Para o risotto

1 xícara (chá) arroz arbóreo
2 colheres (sopa) de manteiga
1/2 kg de camarão médio rosa (limpos, olha lá!)
1 xícara (chá) de mandioquinha ralada grossa
salsinha e cebolinha picadinhas a gosto
1 cebola média picadinha
2 dentes de alho picadinhos
2 colheres (chá) de azeite
sal a gosto
1/2 xícara (chá) de vinho branco seco
1 colher (sopa) de manteiga gelada para finalizar
azeite (opcional) para finalizar

Para o caldo rápido de ervas

2 lts de água
1 cebola cortada ao meio
2 folhas de louro
1 ramo de alecrim
1 ramos de tomilho
1 xícara (chá) de alho poró fatiado
1/4 xícara (chá) de salsão fatiado
sal (pouco)

Como fiz

Comecei pelo caldo apressadinho de ervas pois não tinha planejado o tal risotto. Então o caldo foi executado em sintonia com o mesmo. Coloquei tudo (água e ervas) no fogo, deixei em fogo médio e mandei bala. 
Depois fiz o de sempre: derreti a manteiga em uma panela de fundo grosso e espaçosa (risotto precisa de espaço...) e juntei a cebola que deixei dourar levemente. Bora colocar o arroz e envolvê-lo pacientemente com a manteiga, todos os grãos têm que ficar besuntados, juntei então o vinho branco e deixei o bandido evaporar. 
Feito isso coloquei a mandioquinha na mistura e fui incorporando o caldo de ervas aos poucos - como ele foi feito junto com o risotto, deixei uma peneirinha à mão e coava o caldinho antes de tascá-lo na panela. Sempre mexendo, coloquei um pouco de sal, e continuei na lenga lenga de juntar o caldinho.
Cadê o camarão que aparece faceiro no título?
Estava sendo salteado rapidamente nas duas colheres de azeite e no alho. Assim: dourei levemente o alho picadinho no azeite e juntei os camarões, salpiquei um pouco de sal tudo no fogo alto, jogo rápido, só para o dengoso ficar rosado. Reservei.
Quando o arroz chegou ao ponto desejado (macio mas ainda ao dente no centro) juntei os camarões reservados e corrigi o sal. 
Apaguei o fogo juntei a manteiga bem gelada e o cheiro verde picadinho, incorporei bem. Coloquei um pano limpo no lugar da tampa e deixei uns minutinhos abafadinho.
Depois foi só colocar no prato, regar com azeite (vai do gosto..quem quiser pode dispensar) e entregar-se ao pecado da gula, que persiste mesmo no calor.
Foi assim!

Como é chato ser gostoso!
Imagem: Mariana A.




domingo, 28 de outubro de 2012

Carne portuguesa

Quando pensamos em criar esse bloguinho foi para uso caseiro, ou seja, para que meus filhos onde quer que estivessem pudessem fazer uma "comidinha de casa" quando a saudade batesse. Ou seja, poupar a mamãe de repetir diversas vezes a mesma receita via telefone...rárárá...o pior é que a coisa continua, Vira e mexe,quando minha filha pede uma receita, digo: Mas está no blog!
O fato é que minha filha entra pouco no blog e a frequência deste expandiu as paredes familiares... Existem muitos blogs de culinária na Internet: comida caseira à culinária gourmet. Não conheço os que passam por aqui, não é um blog de altíssima frequência, mas tem lá suas visitas que são bem vindas. Se algum desses visitantes aproveitou uma receita e fez um comidinha que deu prazer à si ou aos seus... já tá valendo!
Por isso de vez em quando teremos aquelas receitas que OH! são mais que banais e proliferam na net gastronômica. Mas como escrevi acima: são ou eram antes de tudo destinadas aos filhotes, que sempre esquecem que ele existe e....toca o celular: "Mãe, como é mesmo que você faz ...aquilo?"
Essa é a carne portuguesa aqui de casa. Faço em camadas, como se fosse bacalhau e sirvo com arroz branco e batatas sauteé. É rápida e aromática, por isso, de vez em quando pinta no cafofo.
Hum..hum...huummm!!!
Imagem: Felipe A.
Ingredientes
500 g de alcatra ou coxão mole cortada em bifes
3 dentes de alho picadinhos
1 cebola média cortada em fatias
1/2 pimentão verde cortado em fatias
1/2 pimentão amarelo cortado em fatias
2 tomates sem pele e sem sementes, cortados em fatias 
3 ovos cozidos
azeitonas pretas à gosto
2 folhas de louro
azeite
sal e pimenta do reino a gosto
1/2 xícara (chá) de vinho tinto seco
cheiro verde picadinho

Como fiz

Temperei os bifes com o alho, a pimenta do reino e um pouco de sal. Em um refratário untado com azeite coloquei uma camada de carne e sobre ela a cebola, os pimentões e os tomates. Repeti a operação (foram duas camadas de cada ingrediente) e coloquei o louro, o vinho tinto, um pouco mais de sal finalizando com uma boa regada de azeite. Levei ao forno até que a carne e os vegetais estivessem cozidos, uns 5 minutos antes de retirar do forno adicionei as azeitonas e os ovos cozidos cortados ao meio. Antes de servir polvilhei com o cheiro verde, o que foi feito depois das fotos...Bom, isso acontece nos melhores fogões, né?
O arroz tem ser branquinho e com sabor neutro para receber  o  caldinho ....
Imagem: Felipe A.


Agora sim!

Minha bonitinha!!!

Agora sim...minha cozinha ganhou uma balancinha digital.  Para receitas de doces, principalmente as massas, é fundamental que as medidas sejam seguidas na régua ou na...balança!
Já usei e percebi a diferença...para melhor e além de tudo ela é uma gracinha!

domingo, 21 de outubro de 2012

Outra receita de pão de queijo: a saga continua

Lindos, dourados, aromáticos...
Totalmente contra o ditado :"por fora bela viola"....
Por fora lindos, por dentro deliciosos
Pois é, mais um pão de queijo saindo do forno. Acho que para o meu gosto encontrei a proporção certa de polvilhos. O resultado foi uma delícia estufadinha, aerada mas macia em seu interior. O sabor também ficou mais equilibrado sem o excesso de acidez (para meu não mineiro paladar) do polvilho azedo. O que a gente não pode esquecer é que a qualidade do polvilho e do queijo utilizado fazem toda a diferença. Eu, poucas vezes, tenho à disposição um excelente queijo mineiro curado para fazer o quitute. Afinal estou tão longe de Minas...quando encontro o produto, corro comprar. Tenho tido sorte e encontrado o queijo lá das alterosas, mas não tanta, pois dificilmente o encontro no ponto certo de cura para um legítimo e glorioso pão de queijo mineirim. Mas esse ficou bom demais da conta, uai!

Ingredientes

1 copo de leite integral
1 copo de água 
1 copo  menos 2 dedos de óleo de milho
3 copos de polvilho doce
1 copo de polvilho azedo
4 ovos grandes
sal a gosto
2 e 1/2 copos de queijo mineiro meia cura ralado grosso

 Obervação: essa medida de copo é o de requeijão

Como fiz

Levei ao fogo o leite, a água, o óleo e o sal (sempre dou uma "checada" no teor de sal do queijo, para dosar  quanto vou colocar do "perigoso"). Deixei ferver.
Os polvilhos já estavam misturados em um recipiente grande o suficiente para que eu pudesse amassar e amassar o pãozinho. Despejei o leite fervente sobre o polvilho ou seja: escaldei. Muito cuidado nessa hora para não queimar a mãozinha, hein? Primeiro tente incorporar o leite ao polvilho com uma colher grande, deixe amornar um pouco e só então vá para a fase manual. Feito isso incorporei e sovei muito bem até formar uma massa homogênea. 
Bora colocar os ovos...eu os misturei levemente antes de incorporar. Depois então, adivinha? Sovei e sovei até que aquela massa branca inicial ficasse bem amarelinha. Finalmente adicionei o queijo,aos poucos, sempre incorporando bem. 
Depois veio o que eu considero o "pulo do gato": coloquei essa massa em uma superfície lisa e soveir bem, como se faz com um pão comum. Isso faz com que todos os ingredientes se "juntem" muito bem, a massa vai soltando das mãos e também fica mais fácil de manusear.
Pré aqueci o forno em 180ºC e formatei as bolinhas com o auxílio de uma colher de sopa (o tamanho depende do gosto) e coloquei-as em assadeira levemente polvilhada com fubá. Pode ser sem fubá mesmo, mas minha primeira receita original (da Luzinete Veiga) pedia polvilhar fubá e agora virou tradição no cafofo. Aliás essa receita é da Luzinete Veiga, apenas reduzi a quantidade de ovos e substitui um copo de polvilho doce por polvilho azedo. 
Aí fiquei só na observação, quando o pão cresceu (estufou!) aumentei a temperatura do forno para dar "aquela" dourada fatalmente atrativa. Sem contar o cheirinho único e inigualável do bichinho assando..
Depois foi só retirar do forno, fazer um café quentinho, pretinho e fortinho e cair matando em cima da delícia.
Essa receita gerou um pão de queijo matador!
Textura maravilhosa e o sabor não fica atrás....

domingo, 7 de outubro de 2012

Carne de panela à la Mariana

Uma pose antes do fim!
Imagem: Felipe A.
Minha filha é boa da garfo, acho que estou usando a expressão errada...na verdade ela não é boa de garfo no sentido de comer muito...isso só às vezes, dependendo da iguaria. Mas é uma apreciadora de comidas mais elaboradas, com ingredientes de boa qualidade, que demandam muitas vezes tempo e paciência...dos outros...quando é ela que assume as panelas, bom aí a história é outra...bem outra.
Como em tudo o mais, quer que o tempo siga seu próprio relógio, gostaria de ter o poder da mãe do poeta  Leminski:

" minha mãe dizia:
-ferve,água!
-frita, ovo!
pinga, pia! 
e tudo obedecia"

Pois é isso mesmo! Tem que ser rápido e ficar bom, não pode muito torrar sua paciência ou o mau humor toma conta do seu ser. Muitas vezes, em um surto de boa vontade, resolve fazer algo especial para o namorado...a coisa começa muito elaborada, com várias idéias e variações, até que se reduz à um prato bem mais simples...e não raro...o arrependimento aparece e ela resmunga: Eu e minha boca grande! Não deveria ter prometido esse  jantar (ou almoço...ou lanche...).
Ela tem seu arsenal de receitas: frango assado com maionese e sopa de cebola, fricassé de frango (esse dá um trabalho!!!), tem se arriscado no camarão com Catupiry, já teve a época de pizza de frigideira e nunca falta sua carne com sopa de cebolas e molho de tomate pronto! 
E foi inspirada nessa última que fiz essa carninha. Inspirada em minha filha e em sua praticidade, que afinal de contas não faz mal para ninguém. 
Ingredientes

1/2 kg de miolo de alcatra cortada em cubos (pode ser um coxão mole, maminha...)
3 xícaras (chá) de cebola cortada em rodelas
1/2 xícara (chá) de vinho tinto
1/2 colher (chá) de mostarda
1 e 1/2 xícara (chá) de molho de tomate (usei o caseiro, mas pode ser comprado pronto)
1 xícara (chá) de farinha de trigo -aproximadamente
pimenta do reino a gosto (opcional)
1 folha de louro
sal a gosto
1 colher (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) azeite
salsinha e cebolinha verdes micropicadinhas

 Como fiz

Primeiro preparei a base de cebolas: derreti a manteiga levemente e adicionei a cebola. Deixei em fogo baixo e sempre mexendo (para não queimar) até que a mesma se transformou em um quase purê. Quando necessário juntei um pouquinho de água, apenas o suficiente para a cebola não pegar no fundo da panela. Reservei.
Feito isso passei os cubos de carne pela farinha de trigo tendo o cuidado de retirar o excesso da farinha. Aqueci o azeite em uma panela de fundo grosso e adicionei os cubos de carne. Deixei dourar levemente de um lado e do outro. Juntei então a cebola reservada, a mostarda, o louro, a pimenta do reino e por fim o vinho tinto. Deixei que o vinho se evaporasse bem e só então acrescentei o molho de tomate e um pouco (muito pouco) de sal. Reduzi o fogo e deixei em panela tampada, mexendo de vez em quando, até a carne ficar macia e o molho bem espesso. 
Observação: Se a pressa for muita ou a paciência pouca, faça como Mariana, coloque na panela de pressão e deixe mais uns 10 minutos depois da válvula chiar. Retire a tampa (sem a pressão que aqui ninguém é suicida!) e verifique se a carne já está macia, se não estiver recoloque na pressão por mais 5 minutos e se necessário coloque um pouco de água quente antes de recolocar a tampa.

Depois de atingir o ponto desejado, retirei a folha de louro, corrigi o sal e juntei o cheiro verde micropicadinho.
Servi com purê de mandioquinha (batata salsa, batata baroa..etc..etc..) e arroz com ervilhas frescas e cenouras. Claro que não faltou a saladinha verde e crocante que nós adoramos!

Nada como um novo ponto de vista!
Imagem: Felipe A.










Imagem: sisterbrenda

"A primavera na visão da cozinheira..".

sábado, 29 de setembro de 2012

Tortinha de morango com recheio de limão

Massa leve, recheio levemente ácido e o sabor dos morangos maduros...Hummmm!
Imagem: Felipe A.
Então é tempo de morangos...bora aproveitar o preço bom e os frutos madurinhos de todas as formas possíveis. Suco, frozen, sorvete, só ele merrmoo com chantilly ou sorvetinho, bolos, mousses...etc..etc. Além de tortas e tortinhas, com diferentes massas e recheios. Fiz essas mini tortinhas com uma massa que achei óteema, o recheio é tipo assim...um mousse de limão gelatinada, a cobertura era para ser só morangos polvilhados com açúcar na hora de servir, mas meu filho curte uma gelatina...então coloquei a bendita, mas em pouca quantidade, apenas para envolver os morangos. Pode-se colocar mais morango depende da preferência.
No caso eu achei a quantidade perfeita para o que eu queria: que o recheio também pudesse ser notado e apreciado. 

Tá bom... podemos então dizer que é uma tortinha de limão com alguns moranguitos....sob qualquer nome que se dê, ficou muito gostosa!
Mais um close que eu mereço!
Imagem: Felipe A.
Ingredientes

Massa
2 xícaras (chá) de farinha de trigo peneirada
1 colher (sopa) de açúcar de confeiteiro
150 g de manteiga sem sal e um pouco gelada
1 pitada de sal
1 ovo pequeno levemente misturado

Recheio
1/2 pacote de gelatina incolor (6 g)
1 lata de leite condensado
1 colher (sopa) de raspas de limão siciliano (pode ser o Tahiti)
1/2 lata de creme de leite (sem o soro)
6 colheres (sopa) de suco de limão

Para finalizar
Morangos
1 pacote de gelatina de morango

Como fiz 

Massa

Em uma tigela misturei a farinha de trigo, o açúcar, o sal e o ovo batido, sempre com as pontas dos dedos. Depois que esses ingredientes ficaram bem incorporados adicionei a manteiga, cortada em pedacinhos e continuei incorporando com a ponta dos dedos até formar uma bola lisa e homogênea. Nada de mexer muito, de sovar, jogar na parede e nem pisotear em cima. É tudo muito delicado, tá bom?
Depois dessa etapa, envolvi a massa em filme plástico e levei à geladeira por no mínimo 30 minutos. 
Após esse tempo forrei forminhas untadas e esfarinhadas com a massa, tendo o cuidado de não deixar nem muito grossa (argh!) nem muito fina. A massa pode ser colocada em uma forma maior apropriada para tortas. Tanto faz, tá? 
Dessa vez fui caprichosa: depois de colocada a massa, forrei as mesmas com círculos de papel manteiga e preenchi com feijão (crú!!!) e só depois levei ao forno pré-aquecido (180ºC) para assar. Deixei que ficassem bem douradinhas (acho que dá para ver nas fotos). Depois de assadas deixei esfriar para que recebessem o recheio - sem o papel manteiga e sem os feijões of course!

Recheio

Enquanto a massa descansava na geladeira fiz o recheio. Primeiro preparei as raspas do limão que devem ser muito finas e não ter nada da parte branca (essa parte estraga qualquer guloseima, amargando a gostosura). Em um recipiente juntei as raspas, o leite condensado e o suco de limão. Misturei bem (dá aquela engrossadinha!). Reservei.
Em um pequeno refratário hidratei a gelatina incolor com 2 colheres (sopa) de água. Feito isso levei o recipiente ao banho-maria até que a gelatina estivesse quente e dissolvida. Isso feito adicionei a gelatina ao creme de limão reservado e incorporei bem. Finalmente juntei o creme de leite misturando bem com um fouet. Levei então à geladeira enquanto as tortinhas assavam.
Depois que as tortinhas esfriaram coloquei o recheio e as levei para a geladeira.

Finalização

Fiz a gelatina de morango conforme manda a receita, apenas utilizando a metade da quantidade de água recomendada. Ou seja: utilizei 125 ml de água quente para dissolver a gelatina mais 125 ml de água fria. Levei à geladeira até que ficasse com consistência semelhante à "clara de ovo". Não pode dormir no ponto (e eu quase sempre durmo e tenho que refazer a operação, saquinho viu?) senão fica dura demais e não conseguimos empregá-la. Ela tem que  envolver os morangos e para isso deve estar na consistência recomendada.
A saga chega ao fim: retirei as tortinhas da geladeira, coloquei os morangos lavados e secos sobre o recheio e sobre eles um pouco da gelatina. Voltei com as gostosuras à geladeira até o momento de servir.

Foi assim!

sábado, 22 de setembro de 2012

Risoto de ervilha torta e chips de presunto

Até tirar a foto fiquei um pouco mais "sequinho"..como é difícil ser top model!
Imagem: Felipe A.
Então risoto é sempre uma boa! Se for executado acompanhado de um bom papinho, música e vinho já é uma festa!!
Risoto exige boa companhia, tempo para perder, falta de pressa...enfim, tudo numa boa! E o resultado é sempre saboroso quando alguns detalhes que seu preparo exige são respeitados. 
Esse que está aí na fotinha foi para aproveitar o tempo das maravilhosas ervilhas tortas - que eu particularmente amo, bem novas, verdes e crocantes - e o meu pouco tempo de descanso junto aos meus. Não gostei muito do arroz arbóreo que utilizei dessa vez. Sempre uso o mesmo. Troquei e achei que "enxuga" muito rápido, comprometendo a cremosidade. Usei a medida de caldo que uso sempre, mas acho que esse arroz pedia mais. Mas não tinha....rárárá!
O sabor ficou bem bom, suave na medida certa e com o crocante do chips dando um contraste na textura.
Então tá!

Ingredientes

1 e 1/2 xícara (chá) de arroz arbóreo
2 colheres (chá) manteiga sem sal
100 g de ervilhas tortas
pimenta do reino (opcional)
sal a gosto
1 cebola média micropicadinha
1 e 1/2 l de caldo de legumes (tem receita aqui)
1 xícara (chá) de vinho branco seco (qualidade razoável, pelo menos)
100 g de presunto cozido (melhor de Parma, mas não tinha no mercadinho)
azeite a gosto
1 colher (chá) generosa de manteiga gelada (finalizar)

Como fiz

Primeiro limpei as ervilhas, retirando seus "fios" de ambos os lados, com cuidado para que que não se abrissem - tá, algumas se abriram no preparo, mas aí meu "pudê" de controle não é 100% - escaldei-as rapidamente na água quente (com sal), o suficiente para ficarem macias mas ainda crocantes. Depois dessa etapa, preparei o chips de presunto (com o de Parma fica bem melhor, mas ficou legalzinho...) rasgando as fatias do delícia em tamanhos irregulares. Coloquei esse presunto em forma forrada com papel manteiga, polvilhei com um pouco de pimenta do reino moída na hora e reguei com azeite. Levei ao forno alto por alguns minutos até ficarem crocantes. Isso é jogo rápido, tá? Tem que ficar de "zóio" para não virar um carvão.
Retirei do forno e reservei.
Agora o risoto: foi daquele jeito de sempre...coloquei as duas colheres de manteiga em uma panela de fundo grosso e acrescentei a cebola. Deixei dourar e juntei o arroz, mexi bem por alguns minutos até que todos os grãos estivessem envolvidos pela manteiga. Bora colocar o vinho e deixar evaporar. É importante que o vinho tenha qualidade, pois um vinho sofrível vai comprometer o resultado final. Depois dessa etapa, fui fazendo a jogada de sempre: 1 concha do caldo de legumes (que deve ser mantido aquecido) e mexe que mexe, outra concha e mexe que mexe, até o arroz estar quase ao ponto...deve ficar "al dente". Quando o arroz estava quase chegando lá corrigi o sal (lembre-se que o caldo já possui sal) juntei as ervilhas e deixei mais um pouco no fogo. 
Retirei, acrescentei os chips de presunto e a manteiga gelada. Incorporei bem, tampei a panela com um pano de prato por alguns minutos antes de servir.
Depois..nhamnhamnham....!!!!

domingo, 16 de setembro de 2012

Tapioca com creminho de manga

Essa manguinha junto e misturada com o creminho de tapioca é tudo de bom!
                                                                                        
Na verdade o nome dessa delícia é "Verrine de Manga com Creme de Tapioca" e quem eu vi fazer, no "Bem Simples" foi a Neka Mena Barreto como convidada da Carla Pernambuco. Pareceu-me delicioso e de fato é!
Neka avisou que não curte muito coisas bem doces, eu também não...para meu paladar ficou perfeito, mas  quem gosta de doce mais "doce" pode aumentar a quantidade de açúcar. Fiz a receita obedecendo todas as medidas e etapas ou seja não "brinquei" com a coisa e valeu muito a pena!

Ingredientes

Para o leite de coco natural 
300 g de coco fresca ralado
300 ml de água quente
Para o creme de tapioca
200 ml de leite integral
100 ml do leite de coco natural (dilicia!)
1 fava de baunilha
100 g de tapioca granulada 
2 gemas de ovos (peneiradas) 
50 g de açúcar cristal (usei o cristal orgânico)
Coulis de manga
1 manga madura mas ainda firme
120 ml de água (usei filtrada)
Para o chatilly
1 xícara (chá) creme de leite fresco
1/2 colher (sopa) de açúcar de confeiteiro

Como fiz

Primeiro fiz o leite de coco natural: esquentei bem a água (mas não deixei ferver) e bati junto como o coco ralado (fresco) no liquidificador. Bati muito bem e depois passei por uma pano fino e limpo. Reservei.
Aqui fiz algo diferente da receita: fervi 1/2 xícara (chá) de leite e deixei a tapioca de "molho". Fiz isso porque já fiz preparações semelhantes com a tapioca que utilizei (tapioca granulada Yoki) e ela é meio "dura na queda" quando se trata de amolecer. Aí..a gente dá uma mãozinha e dá certo!
Enquanto isso bati as gemas com o açúcar, bem batidinho. Depois fervi o leite integral com o leite de coco e a baunilha (sementinhas e as metades da fava), depois de fervido retirei as metades da fava e incorporei a gema, nessa hora deixei amornar um pouquinho pois não queria uns ovos mexidos, né? Voltei a panela ao fogo bem baixo e fiquei por uns cinco minutos (ufa!) mexendo, mexendo.... Retirei do fogo, deixei esfriar um pouco e juntei a tapioca que estava reservada. Sempre mexendo...Levei à geladeira por algumas horas.
O coulis de manga (caldinha, né?) é vapt-vupt: bater a manga (favor retirar casca e caroço..rs) e bati com a água no liquidificador. Não bati muito, apenas o suficiente para processar a manga. Reservei também na geladeira.
Um pouco antes de servir (uma hora antes, mais ou menos) incorporei o chantilly ao creme de tapioca e retornei o doce à geladeira, até o momento de servir, quando coloquei em taças.
Como fiz o chantilly: explicação boba para as prendadas moçoilas, senhorinhas e genéricos. .. é bater o creme de leite gelado com o açúcar, até espessar (quando levantar as pás da bateira, fica a marca das bichinhas..stop!!!), tem que ter cuidado senão vira manteiga.

Observação:
A Neka montou o creme com o coulis apenas por cima do mesmo e enfeitou com kiwi.
Fica bem bonito!  
Euzinha coloquei um pouco do coulis na base, o creme de tapioca e finalizei com mais coulis. Queria a manga mais presente. Mas fica do gosto de cada um.           

Muito bom!!
Imagem: Felipe A.

Soufflé de queijo Brie e Minas padrão

"Eu sou nuvem passageira
que com o tempo se vai
eu sou como um cristal bonito
que se quebra quando cai..."
(Hermes de Aquino)

Acho que o "muso" inspirador dessa canção foi...o soufflé!  Demorado para ser executado, deve ser consumido rapidamente, para não perder as qualidades que o tornam tão famoso: textura aerada   e cremosidade.

Já com uma pequena "murchada"na hora do click...ai..ai..nem faz pose esse soufflé!
Imagem: Felipe A.
Se tem uma coisa sucesso no cafofo é queijo..sempre temos mais de um tipo de queijo à disposição. No supermercado alguns alucinam com as carnes especiais, vinhos, chocolates e etc...nós alucinamos com os queijos. Poderia até se dizer que somos meio "ratinhos" e que nosso "home sweet home" seria mais uma "toca sweet toca". E outra coisa que adoramos é o tal suflê.. soufflé..seja lá o que for. Quando essas duas "preferências cafofais" se encontram é festa na certa!
Dessa vez um queijo Brie dando sopa e um Minas padrão (sobra do pão de queijo) dando mais mole ainda deram o motivo para se praticar mais um soufflé..e que bom que ficou!

Ingredientes

2 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de trigo (peneirada)
1 xícara (chá) de leite integral
noz moscada (ralada na hora) a gosto
2 colheres (sopa) de cebola micropicadinha
1 colher (sopa) de salsinha micropicadinha
sal a gosto
4 ovos inteiros + 1 clara
1 xícara (chá) de queijo Brie cortado em cubinhos
1/2 xícara (chá) de queijo Minas padrão (meia cura) ralado grosso
manteiga e farinha de rosca para untar o refratário

Como fiz

Levei a manteiga ao fogo baixo (em uma panela de fundo grosso) e deixei derreter levemente. Juntei a cebola (a maioria das receitas de soufflé não usam cebola, euzinha uso e gosto) e dourei-a levemente. Hora de colocar a farinha e deixá-la douradinha (mexi bastante no fogo baixo para que ela cozinhasse e não ficasse  aquele gosto de farinha crua no "precioso" quitute). Retirei do fogo e juntei o leite, misturei bem com um fouet (nessa hora crucial ele é TUDO!), voltei a panela ao fogo, sempre em fogo baixo, mexendo vigorosamente com o fouet até engrossar. Deve ficar homogêneo e sem grumos. Desliguei o fogo e deixei esfriar um pouco.
Enquanto isso, separei as claras das gemas. Depois de separadas, passei as gemas (quatro) por uma peneira (sem apertar) para tirar aquele cheiro cruzcredodeovo e bati as claras em neve (foram quatro mais uma) 
Juntei as gemas (uma a uma) no creme reservado e fui incorporando bem, depois um pouco de noz moscada (muito pouco, só um toque!), coloquei os queijos (por isso o creme deve estar frio, nada de derreter o queijo antes da hora...) e a salsinha, corrigi o sal  e finalmente....fui para a incorporação das claras em neve ao creme que na verdade é a incorporação do creme às claras.
O negócio é ir incorporando o creme em pequenas porções às claras em neve...lentamente...delicadamente..em movimentos de dentro para fora...até terminar o creme. Dá trabalho? Dá...mas quem quer moleza não se meta à fazer essa iguaria. 
Depois coloquei o "precioso" no refratário (deve ser alto e redondo) já untado com manteiga e polvilhado com farinha de rosca, deixei o creme cair no recipiente, nada de "ajeitar" com a colher (isso comprime os espaços vazios do creme e compromete o crescimento e textura do "temperamental"). Levei ao forno pré-aquecido (180ºC)..e não abri a porta para bisbilhotar. O negócio é ir acompanhando de longe, respeitando o "cerimonial" exigido até que o soufflé esteja alto e douradinho.
Depois disso é ...correria...tirar do forno e comer rapidinho antes que murche. Afinal o soufflé é apenas um "sopro", né não?
Por mais rápido que se tente registrar, o bichinho já tinha "abaixado" um pouco, mas olha só que textura!
Huuummm!!!
!
Imagem: Felipe A.

Haicai para um domingo

Imagem retirada da Internet

                        
hototogisu
           naki naki tobu zo
  isogawashi

        Olhe para o cuco
                           Que só canta, canta e voa —
         Que vida ocupada!

                                       (Bashô)

sábado, 8 de setembro de 2012

Miolo de alcatra recheado com espinafre e ricota

Que gostosura! Miolo de alcatra recheado com espinafres e ricota, escoltado por um purê de mandioquinha é tudo de bom...e também não precisa de mais nada, além de uma saladinha verde para acompanhar. Então vamos lá!

Ingredientes

1 kg de miolo de alcatra cortado em bifes (mas pode ser outra peça desde que seja macia)
3 dentes de alho picadinhos
2 colheres (sopa) de aceto balsâmico
pimenta do reino a gosto
2 folhas de louro
sal a gosto
1/4 xícara (chá) de azeite
1 colher (sopa) de mostarda amarela
1 maço de espinafre, lavado e com as folhas inteiras
200 g de ricota amassadinha
2 colheres (sopa) de cream cheese
cheiro verde
2 colheres (sopa) de azeite (para a ricota)
2 xícaras (chá) de cebola em fatias grossas.

Como fiz

Temperei a carne  com sal, alho, balsâmico, mostarda e a pimenta do reino. Reservei.- para tomar um gostinho.
Enquanto isso...amassei a ricota e a temperei com sal, azeite e cheiro verde micropicadinho (podem ser usadas outras ervas, mas dessa vez não deu...). Acrescentei duas colheres bem generosas de cream cheese e incorporei bem, até ficar uma pastinha compacta.
Coloquei sobre cada bife uma camada de espinafre (folhas inteiras sem tempero algum) e sobre ele a pasta de ricota. Enrolei o bife como um rocambole (o famoso "à rolê") e prendi com palitos. 
Aqueci o 1/4 de xícara de azeite e dourei os bifes. Juntei a cebola e o louro. Coloquei um pouco de água quente (aproximadamente uma xícara de chá), tampei e deixei cozinhar até não restar mais nenhum líquido. As cebolas ficam douradinhas e a carne também. 
E foi isso!
Muito bom com purê de mandioquinha
Imagem: Felipe A.

domingo, 2 de setembro de 2012

Sobremesa gelada do Ano Novo...só agora que aparece?

Docinho geladinho perfeito para arrematar uma comilança de respeito!
Imagem: Felipe A.
Mas já estamos quase embicando no próximo ano e só agora posto uma das sobremesas que fiz para a Ceia de Ano Novo, agora já meio velho. Ficou uma gostosura, contrapondo-se à outra sobremesa, mais pesada, uma  torta de frutas secas. Geladinha para combinar com nosso último dia de Dezembro (super quente) mas com cerejas frescas para ficar no clima...
O único problema é que deve ser consumida rapidinho. Fiz as cerejas maceradas e coloquei metades (sem caroço, claro!) dentro do creme. No dia seguinte, a única taça que sobrou, não estava apetitosa. Parece que as cerejas frescas têm pouco tempo de "vida útil" e ficaram com um gosto meio assim...oxidado!
Para comer e acabar tudo de umavezsó  fica deliciosa do jeito que fiz. Se é para sobrar, melhor fazer uma caldinha cozida com as cerejas e não colocá-las "in natura" junto ao creme. 

Ingredientes

1 envelope (12 g) de gelatina incolor
1/2 xícara (chá) de água
1 fava de baunilha ou raspas de limão (a escolha é sua)
1/2 xícara  (chá) de açúcar
2 e 1/2 copo de iogurte natural (consistência firme)
2 claras batidas em neve
200 g de cerejas frescas bem maduras
1/4 xícara (chá) de vinho tinto seco (pode ser o Porto)
1/2 xícara (chá) de açúcar (cristal de preferência)

Com fiz

Primeiro hidratei a gelatina na água e depois levei-a ao banho-maria até que se dissolvesse completamente. Retirei do banho-maria e juntei, bem rapidinho, o iogurte e misturei muito bem com um fouet, para que a gelatina ficasse bem distribuída e agregada ao iogurte. Só então juntei a baunilha (as sementes de uma fava) e o açúcar, sempre incorporando bem com o fouet. Por último acrescentei as claras em neve, incorporando-a delicadamente com uma espátula, para garantir que o resultado ficasse aerado. E ficou!!
Coloquei em taças, para que fossem servidas porções individuais e só então acrescentei as metades das cerejas (sem os caroços), não muitas, apenas o suficiente para dar uma "crocância". Levei à geladeira por algumas horas...no caso fiz pela manhã para ser servida na ceia.

A caldinha eu fiz apenas um pouco antes de servir (mais ou menos uma hora ) e fiz assim: retirei os caroços das cerejas e dei uma leve processada nas bichinhas. Juntei o açúcar e o vinho. Deixei essa misturinha descansando na geladeira e só coloquei sobre o creme de iogurte na hora de servir.
Mereço um outro olhar...agora de cima!
Imagem: Felipe A.